Foi em Outubro de 1998 que decorreu a apresentação em Portugal do icónico Audi TT, um modelo que acabou por se tornar num dos automóveis desportivos mais bem sucedidos do mercado, tendo em Portugal sido vendidas mais de 1800 unidades das primeiras duas gerações. Porém, 16 anos volvidos, foi exactamente no mesmo local, no enigmático Planetário Calouste Gulbenkian, que os responsáveis pela marca apresentaram todas as novidades sobre a terceira geração do Audi TT.
Recorrendo à plataforma MQB, o novo TT recebe uma redução de peso que chegou aos 50kg, ao mesmo tempo que vê o seu comprimento total reduzido para 4,177m, embora a distância entre eixos cresceu 37mm, o que em conjunto com centro de gravidade mais baixo em 10mm permite melhorar o comportamento dinâmico do chassis. Recorrendo a uma estrutura mais leve, mas mais rígida (+25% de ridigez torsional), permanecem alguns traços característicos da família TT, pelo que o desenho do novo modelo representa a evolução esperada pelo modelo da marca de Ingolstadt.
Com uma grelha de maiores dimensões e conjuntos ópticos redesenhados com luzes diurnas LED integradas inspiradas nas ópticas do R18 e-Tron Quattro de competição, que são Xénon de série mas poderão usar sistemas LED ou o mais avançado Matrix LED. Este último é derivado da solução estreada com o actual topo de gama A8, possuindo 12 díodos com 64 níveis de intensidade que podem identificar até 8 condutores na estrada, criando uma sombra sobre esses veículos, mantendo ao mesmo tempo as luzes com os máximos activados. O sistema de iluminação em curva permite mudar a posição do centro luminoso, e utiliza os dados de navegação para iluminar a curva antes mesmo de o volante ser virado.
Porém, se por fora o TT, embora com um aspecto mais atlético e dinâmico, continue a manter os traços característicos das anteriores gerações, no interior assistimos a uma autêntica revolução, onde o interior foi simplificado para ficar tudo mais acessível e directo ao condutor. Daí que os tradicionais ecrãs dos sistemas de informação e entretenimento tenham passado para o painel de instrumentos, apelidado de Audi Virtual Cockpit. Este sistema, constituído por um ecrã LCD de 12,3 polegadas (1440 x 540 pixéis) e alimentado por dois processadores Nvidia Tegra3 T30, recria um painel de instrumentos que pode ter um desenho tradicional, como gera um painel interactivo onde podem ser reproduzidas todas as informações sobre a viatura, mapas, navegação, rádio e multimédia, bem como todos os serviços disponíveis a partir do Audi Connect.
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Nem mesmo o sistema de climatização ficou inalterado, passando os comandos a estar integrados no centro das saídas de ventilação, permitindo a partir das mesmas (e do ecrã OLED integrado) controlar a velocidade, temperatura e direcção do circuito de climatização. De resto temos um interior mais simples, mas mantendo todas as características que um automóvel desportivo como o TT devem de ter, como o suporte para a zona dos joelhos colocado na consola do túnel central, novo volante multifunções de fundo plano mais compacto e novos bancos desportivos com encostos de cabeça integrados que são 5kg mais leves que os anteriores, existindo um modelo com apoios laterais ainda mais pronunciados para a versão mais desportiva TTS.
Para garantir o seu comportamento desportivo, o chassis recebeu uma suspensão dianteira do tipo McPherson com componentes em alumínio, para reduzirem o peso das massas não suspensas, tendo a suspensão traseira recebido um sistema de quatro braços mais eficaz. De série na versão TTS encontra-se o Audi Magnetic Ride, o sistema de controlo de amortecimento adaptativo, que pode ser seleccionado a partir do sistema Audi Drive Select. Em opção encontra-se ainda o sistema de tracção integral permanente quattro, que devido a alterações de concepção, permitiram reduzir o peso em 1,5kg face à solução utilizada na anterior geração, sendo a distribuição do binário do motor controlado de forma electrónica.
No que toca às motorizações, estas viram as suas potências aumentadas em 14% ao mesmo tempo que viram os seus consumos e emissões reduzirem de forma significativa, cerca de 21%. Recorrendo a dois blocos de dois litros de cilindrada, o novo Audi TT passa a estar disponível com uma motorização a diesel, o 2.0 TDI de 184cv, disponível apenas na versão Ultra, a mais eficiente da marca, que garante não só um excelente desempenho (7,1s dos 0-100km/h e 241km/h de velocidade máxima) como consumos verdadeiramente baixos para um automóvel desportivo, apenas 4,2 l/100km e 110g/km de emissões de CO2. Porém, para os adeptos da gasolina, durante o lançamento estará disponível o 2.0 TFSI de 230cv, sendo em Dezembro lançada a versão TTS, com o 2.0 TFSI de 310cv, que por sua vez estará associado ao sistema de tracção Quattro, bem como à caixa de velocidades Stronic de 6 velocidades e sistema Launch Control, para realizar arranques de forma mais eficaz e garantir máxima tracção.
O novo Audi TT já se encontra disponível nos concessionários oficiais da marca, por preços que começam nos €46.090 para a versão 2.0 TFSI de 230cv, €48.340 para a versão equipada com caixa Stronic e €51.340 para a versão Stronic com tracção Quattro. O 2.0 TDI Ultra está disponível a partir dos €47.590. Se pretender o TTS, este estará disponível apenas com tracção Quattro, mas com duas opções a nível de caixa de velocidades, custando €65.880 com a versão manual e €68.130 para a versão Stronic.
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