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BMW 116d EfficientDynamics – De patinho feio a cisne

Com uma década de história e quase 2 milhões de unidades vendidas, o Série 1 da BMW continua a surpreender, especialmente nesta actualização da segunda geração que conseguiu, finalmente, tornar o Série 1 num automóvel que além de brilhante em termos dinâmico, o consegue ser visualmente.

Acabou-se a expressão do “menino que chora”, um quadro que ainda figura nas paredes de alguns portugueses, graças à utilização de uma dianteira que se inspira no elegante Série 2, com as novas ópticas mais estreitas e perfiladas, novo para-choques com entradas de ar de maiores dimensões e nova grelha, com o tradicional duplo rim, mas que passa a dispor de um efeito tridimensional.

Pelo facto do modelo testado ter vindo equipado com a linha Urban, este dispunha de alguns elementos cromados como as barras verticais da grelha, moldura da grelha e topo das entradas de ar laterais, bem como no friso horizontal colocado no para-choques traseiro, combinação essa que pode não agradar a todos, como foi o meu caso que teria optado, sem hesitar, pela Linha Sport, que em vez de acabamentos em cromado seria em preto brilhante.

Atrás o destaque vai para as novas ópticas, agora em forma de L, e que tal como as ópticas dianteiras, tiram partido das possibilidades que a tecnologia LED permite em termos estéticos, muito mais agradável do que as soluções usadas na versão original desta segunda geração do Série 1. E já que falamos em LED, nada como reconhecer todas as vantagens que esta tecnologia possui em termos de iluminação à noite, um opcional de 817 euros que deveria ser obrigatório em todos os modelos vendidos, não só por questões de segurança como por questões estéticas.

Por se tratar de um modelo a gama EfficientDynamics, a BMW equipou este Série 1 de ensaio de elementos aerodinâmicos para optimizar os consumos, como as jantes de 16” de desenho exclusivo e as condutas de ar controladas electronicamente. Tudo isto foi criado para tirar maior partido da nova motorização 16d EfficientDynamics, composta por um bloco TwinPower Turbo de 1.5 litros com três cilindros, que debita 116cv de potência e 270Nm de binário, que associado a uma caixa manual de seis velocidades, garante médias de consumo reais na casa dos quatro litros por cada 100km.

No interior as novidades são mínimas, embora se note, novamente, um reforço na qualidade dos materiais e da construção, bem como na extensa lista de opcionais que é, agora, cada vez maior. Neste modelo em concreto, destacam-se o tecto de abrir (826 euros), ar condicionado automático (568 euros) e o sistema de navegação Business (982 euros), composto por um ecrã LCD de 6.5 polegadas com mapas, acesso a informações de trânsito em tempo real (extra de 156 euros), Internet (104 euros), bem como a serviços ConnectedDrive e Concierge (362 e 259 euros, respectivamente).

Em termos de comportamento, embora se trate de uma das motorizações mais limitadas da gama, o comportamento deste Série 1 continua a ser uma referência no segmento, em parte pelo excelente chassis como pela insistência da marca (e ainda bem) em manter a tracção no eixo traseiro. Se com apenas 116cv de potência este Série 1 revelou ser brilhante, nem quero imaginar com uma motorização “a sério”, como a usada pelo M135i (3.0 com 326cv), ou mesmo pelo cada vez mais impressionante 120d, que dispõe actualmente de 190cv de potência, tal como na restante gama BMW.

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MotorPrestações
TipoTrês cilindros em linhaVelocidade Máxima195 km/h
Capacidade1496 ccAceleração (0-100 km/h)10,4 s
Potência116 cv (4000 rpm)Consumos (litros/100 km)
Binário270 Nm (1750 rpm)Cidade (anunciado)3,9
TransmissãoEstrada (anunciado)3,1
TracçãoTraseiraMédia (anunciada)3,4
CaixaManual de seis velocidadesEmissões Co289 g/km
ChassisPreço
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.)4,33 / 1,46 / 1,76 mValor base€28 300
Peso1395 KgValor viatura testada€40 260
Bagageira360 / 1090 litrosI.U.C.€141.47

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