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Renault Clio GT 120 EDC – Com (quase) tudo no ponto!

Se, tal como eu, acha que o Renault Clio merecia uma versão intermédia mais potente, mas não necessita, para o dia-a-dia de um Clio R.S., saiba que encontrará no Clio GT a versão que sempre desejou. Mas não livre de problemas…

Começando pelo visual, o Renault Clio GT tem uma aparência bastante atraente, graças aos para-choques novos, de desenho desportivo, que conferem um visual bem mais agressivo, talvez até mais bem conseguido que o existente no Clio R.S.

À frente temos uma entrada de ar central de enormes dimensões, acompanhada por duas falsas entradas de ar laterais, que servem somente para alojar o sistema de iluminação diurna por LED. Este, tal como no Clio R.S., foi deslocado do centro da grelha para os cantos inferiores da dianteira, para reforçar, visualmente, o aspecto desportivo deste modelo.

Atrás, destaque para o spoiler traseiro no topo da tampa da bagageira, e um difusor traseiro, de cor cinza, que aloja a dupla saída de escape. Para finalizar o aspecto desportivo deste modelo, só resta referir as capas dos espelhos retrovisores em cinza, e as jantes de liga leve de 17 polegadas, que vinham equipadas com uns eficientes Michelin Primacy 3 de medidas 205/45 R17.

Internamente destacam-se os bancos desportivos com decoração específica e logótipo GT nos encostos de cabeça, volante desportivo igual ao do Clio R.S. e o sistema R.S. Drive, que permite activar o modo desportivo, transformando o comportamento desde Clio. Premindo este botão, a cartografia da caixa, o comportamento do ESP, a precisão da direcção e a resposta do pedal do acelerador transformam-se por completo, sendo que este activa o menu R.S. Monitor 2.0.

Esta solução, visualizada através do ecrã táctil do sistema R-Link, transforma-se na ferramenta de telemetria integrada ideal para qualquer automóvel desportivo, ao permitir monitorizar diversos parâmetros como o tempo de aceleração, gráfico de forças G, regime do motor (binário, potência, ângulo do volante), temperaturas do óleo, pressão do ar no colector, podendo ainda usar a entrada USB para transferir mapas de circuitos e criar configurações específicas de todos os parâmetros através de uma Pen USB.

Em termos de motorização, o Clio GT vem equipado com o novo 1.2 TCe de quatro cilindros, que recorrendo a um sistema turbocompressor com intercooler integrado e sistema de injecção directa garante 120cv de potência e 190Nm de binário, o que só por si já é sinónimo de diversão num chassis eficaz como este, que foi optimizado pela Renault Sport. Infelizmente (para mim), este motor está disponível apenas associado à caixa de dupla embraiagem EDC, o único elemento que pode, em certas ocasiões, estragar a diversão com passagens de caixa absurdas.

Felizmente que através do R.S. Drive, e das patilhas colocadas atrás do volante, o comportamento da caixa pode torna-se bem mais rápido, porém continuam a existir ocasiões em que esta teima em não reduzir quando preciso, acabando por interferir mais vezes que o desejado. Tirando isto, é um automóvel simples, acessível e extremamente divertido de conduzir, desde que tenhamos uma estrada que permita tirar total partido do trabalho realizado pela Renault Sport no chassis do mesmo.

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MotorPrestações
TipoQuatro cilindros em linhaVelocidade Máxima199 km/h
Capacidade1197 ccAceleração (0-100 km/h)9,4 s
Potência120 cv (4900 rpm)Consumos (litros/100 km)
Binário190 Nm (2000 rpm)Cidade (anunciado)6,6
TransmissãoEstrada (anunciado)4,4
TracçãoDianteiraMédia (anunciada)5,2
CaixaDupla Embraiagem de seis velocidadesEmissões Co2120 g/km
ChassisPreço
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.)4063 / 1732 / 1448 mmValor base€20 780
Peso1154 KgValor viatura testada€21 800
Bagageira300 litrosI.U.C.€131.90

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