O Nissan 370z é um daqueles modelos que mereciam receber o estatuto de Património Mundial, para ver se as legislações, cada vez mais restritivas, não possam levar a que a Nissan descontinue o modelo. Para quem não conheça ainda muito bem este brilhante automóvel, trata-se a reincarnação (fortemente actualizada, naturalmente) do histórico Datsun 240z de 1969, que contava com elementos como um motor de seis cilindros debaixo de um longo capot, tracção traseira e um comportamento brilhante. Atenção, não quero com isto dizer que o 370z é um automóvel fácil de conduzir, pois este requer sempre uma concentração elevada, que acaba por se tornar recompensador para o condutor (especialmente quando andar depressa ou com o piso molhado).
A melhor forma de identificarmos o comportamento do 370z é afirmar que o mesmo revela um elevado equilíbrio e uma forte personalidade, embora a Nissan começe a adicionar alguma electrónica para o tornar um pouco mais civilizado, como o ABS, ESP e EBD com assistência à travagem. É curioso encontrarmos elementos novos como o controlo de sincronização de rotações, que funciona apenas com a caixa de velocidades manual, e que permite ajustar as rotações do motor durante as passagens de caixa, para que não se sinta uma perda de desempenho tão significativa durante essa passagem. De resto, falar em tecnologia num 370z é falar do sistema de infoentretenimento, composto pelo NissanConnect Premium (com navegação 3D num ecrã táctil de 7”), sistema de áudio Bose (com 6 altifalantes e 2 woofers) e cruise-control com limitador de velocidade, bem como de um completo computador de bordo, e sensor de chuva.
No plano estético, este 370z pertence já à edição de 2014, ou seja, recebeu algumas alterações estilísticas face ao modelo do ano passado, como a colocação de novos para-choques com luzes diurnas LED integradas, novas jantes de liga leve opcionais de 19 polegadas, duas novas cores de carroçaria (Meguma Red e Midnight Blue) e pinças de travão pintadas a vermelho. São pequenas mudanças, mas o suficiente para manter o 370z ainda mais atraente. Na mecânica tudo se manteve inalterado, sendo o V6 de 3.7 litros a joia da coroa deste Nissan, debitando 328cv, mais do que suficiente para se meter, num ápice, em apuros com as autoridades. Pena que os consumos sejam praticamente impossíveis (daí o elevado valor de emissões e custo astronómico de IUC) de permanecer num plano “aceitável”, mas num automóvel que só tem dois lugares e uma bagageira que serve apenas para podermos transportar algumas mochilas, é impossível pensarmos no 370z como um automóvel para o dia-a-dia.
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[toggles behavior=”toggle”] [toggle title=”Ficha Técnica”]
Motor | Prestações | ||
Tipo | Seis cilindros em V | Velocidade Máxima | 250 km/h |
Capacidade | 3696 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 5,3 s |
Potência | 328 cv (7000 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 363 Nm (5200 rpm) | Cidade (anunciado) | 15,3 |
Transmissão | Estrada (anunciado) | 7,9 | |
Tracção | Traseira | Média (anunciada) | 10,6 |
Caixa | Manual de seis velocidades | Emissões Co2 | 248 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 4,25 / 1,31 / 1,84 m | Valor base | €76 250 |
Peso | 1526 Kg | Valor viatura testada | €82 260 |
Bagageira | 235 litros | I.U.C. | €660.45 |
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