Até ontem, a comunidade de cientistas aeroespaciais jurava que o conceito de motor para naves espaciais imaginado por Roger Sawyer, chamado EmDrive nunca funcionaria e que era fruto de horas a mais a ver o “Caminho das Estrelas”. Mas Guido Fetta, um técnico da equipa Eagleworks da NASA publicou um artigo que prova que realmente o “motor impossível” afinal não assim tão impossível porque funciona. Mas os cientistas não conseguem descobrir como.
Explicando, o EmDrive é um conceito muito simples, não tem peças móveis e funciona através da emissão de microondas que fazem ricochete dentro de um espaço fechado. Para produzir essas microondas só é necessária electricidade que pode ser produzida através de painéis solares. Não é necessário qualquer combustível, o que quer dizer que este motor pode funcionar para sempre.
Até agora este conceito tem sido ignorado pelos cientistas mais “sérios”. Em 2009 uma equipa chinesa construiu um destes motores que funcionou, produzindo, segundo eles, cerca de 720 mili newton, o que segundo a equipa de cientistas é suficiente para fazer mover um satélite no espaço.
A confirmação final veio através do trabalho de Guido Fetta e da Eagleworks da NASA, a equipa sediada no Centro Espacial Johnson encarregue do desenvolvimento de tecnologias de propulsão exóticas, que construíram um destes motores que também funciona, embora desenvolva apenas 30 a 50 micro newton.
O facto deste motor funcionar, mesmo que produzindo uma força mínima vai contra as leis da física. Quando outras equipas tentarem reproduzir esta tecnologia pode não funcionar, tal como aconteceu com tantas outras, mas o facto de duas equipas já o terem conseguido é bom sinal e pode querer dizer que a tecnologia de propulsão espacial está prestes a ser revolucionada.
Via Sploid, NASA, EmDrive
