Audi A3 Cabriolet 2.0 TDI: Beleza clássica

Com a chegada da versão de quatro portas do actual A3, designada por A3 Limousine, a Audi conseguiu assim criar o modelo que consegue transmitir uma imagem verdadeiramente apaixonante, algo que não encontrávamos num modelo da casa de Ingolstadt à bastante tempo (se ignorarmos o R8, naturalmente). Porém, o caso não se ficou por aí, tendo a nova versão do A3 Cabriolet sido baseada a partir da versão limousine e não do coupé, como no passado, o que resulta num dos descapotáveis de quatro lugares mais bonitos do mercado.

Mantendo alguns pormenores que rapidamente o tornam num futuro clássico, como a tradicional capota têxtil que demora uns longos 20 segundos a abrir (medidos) e tem a particularidade de poder ser manobrada com o veículo em movimento, até 50 km/h. Embora seja mais comprido, mais largo e com maior distância entre eixos face ao A3 Cabriolet da anterior geração, o novo modelo consegue ser 60 kg mais leve, graças ao uso da plataforma MQB do grupo Volkswagen, que neste caso em particular desempenha um papel brilhante em garantir uma boa rigidez estrutural que não é frequente encontramos em veículos descapotáveis de dimensões semelhantes. Infelizmente esses reforços implicaram um aumento de peso de 145kg face à versão limousine equivalente, mas justificam-se em pleno pela segurança sentida, mesmo quando utilizamos uma condução mais agressiva.

No interior reina a elevada qualidade de construção e dos materiais usados, algo típico em qualquer Audi e que continua a fazer inveja aos rivais germânicos, dando a sensação de estarmos perante um veículo que conta com uma excelente ergonomia e elementos que além de servirem um propósito estilístico, conseguem reunir uma óptima funcionalidade. Tudo está acessível a quem vai ao volante, incluindo o sistema de infoentretenimento MMI Navegação Plus com MMI Touch (extra de €2.335), com o já conhecido comando rotativo com o topo equipado com um touchpad, que permite a identificação de caracteres alfanuméricos, ideal para poder telefonar ou introduzir um destino no sistema de navegação sem (quase) precisar de retirar os olhos da estrada.

Por se tratar de um descapotável de quatro lugares e não de um roadster, a ideia de um desportivo fica, desde logo, colocada de lado, e é exactamente com essa mentalidade que devemos aceitar a suavidade e linearidade da disponibilidade de toda a força e potência deste bloco 2.0 TDI da Audi. Capaz de debitar 150cv de potência, esta não permite grandes aventuras para quem goste de andar verdadeiramente depressa, muito embora seja bastante fácil exceder-se os limites de velocidade nas estradas nacionais, mesmo com a capota aberta (desde que utilize o deflector de vento, um extra de €375). Como já se deve ter apercebido, este Audi sofre do mesmo mal que qualquer automóvel Premium alemão, uma longa e tentadora lista de extras, que rapidamente aumentam significativamente o preço de qualquer modelo, tendo este A3 Cabriolet sido um excelente exemplo disso, uma vez que veio recheado com praticamente tudo o que uma pessoa gostaria de encontrar num automóvel (ok, em vez de faróis de Xénon deveria ter os novos totalmente em LED).

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