Para começar, uma adivinha. Qual é a coisa qual é ela, que é preta e amarela; é pequena, pequenina, e voa pela paisagem citadina? Uma abelha? Não… Desiste? É a pequena Honda MSX 125, a sucessora da mítica Monkey de 1963 que a Honda propõe para aqueles que vêem nas duas rodas a opção certa para contornar o trânsito citadino mas não se querem prender ao estereótipo da “acelera”.
Se a inspiração veio da pequena moto dos anos 60 do século passado, cujos seguidores ainda hoje existem sob a forma de motoclubes nos EUA, Tailândia e Japão, mais nada liga esta MSX (acrónimo de Mini Street X-treme) à antiga Monkey. As suas linhas são totalmente actuais e então pintada com o esquema de cores Peral Queen Bee, parece mesmo uma versão miniatura do também ele mítico Bumblebee dos Transformers.
Considerações estéticas à parte, a marca japonesa investiu bastante no desenvolvimento desta moto, que tem um conceito que gira em torno de três prioridades: antes de mais, ser uma moto prática, que condutores sem grande (ou mesmo sem nenhuma) experiência pudessem usar e estacionar, um “piscar de olhos” a quem pretenda trocar o carro pela moto sem ter de voltar à escola de condução. Depois, a possibilidade de ser usada em ambiente urbano e também fora dele, bem como a facilidade de transporte de um passageiro, tendo para tal sido escolhido um quadro monotrave em aço. A terceira prioridade foi oferecer uma suspensão de qualidade superior à da classe, para o que contribuem a forquilha invertida de 31 mm na frente e o monobraço oscilante na traseira.
Apesar do tamanho diminuto – que torna esta moto muito manobrável em ambiente citadino – a posição de condução assemelha-se à de um modelo maior e só me apercebo de que estou em cima de uma moto com apenas 765 mm de altura até ao assento e jantes de 12 polegadas quando não consigo evitar passar por um dos muitos buracos que pontuam as estradas da capital ou quando as pessoas percebem que é naquela moto que pretendo deslocar-me e me perguntam: “mas isso pode contigo?”
Pode sim, e pode bem. Tal como não se julga um livro pela capa, também não se pode julgar esta MSX 125 pelo tamanho. O seu motor de 125 cc de duas válvulas e refrigeração a ar, criado com base no da Wave 125i, conta com o sistema de injecção directa PGM-FI, para garantir uma entrega linear dos 9,8 cv de potência, ao mesmo tempo que mantém os consumos “debaixo de olho”, tal como se quer num modelo pensado para a cidade.
Com estes argumentos “fintar” o trânsito não é nada difícil e há que ter alguma contenção para não rodar constantemente acima do limite de velocidade imposto por lei para as zonas urbanas. Já fora deste ambiente, a pequena dimensão age contra a MSX. A estabilidade sofre e estou mais exposto aos caprichos do vento. Ainda assim, não foi preciso muito para atingir os 100 km/h, para o que contribui também a caixa de quatro velocidades que está sempre a pedir-me que rode um pouco mais o punho direito…
Em suma, se quer deixar de perder tempo nas filas de trânsito, mas não possui carta da categoria A (nem quer voltar à escola de condução para a tirar), e se acha que uma “acelera” não é uma moto a sério, esta MSX 125 é uma solução a ter em conta. Na relação tamanho/potência/preço, a pequena MSX perde para as restantes propostas da Honda no segmento das 125, mas a estética também tem um preço, e a desta moto é, para mim, a melhor entre o lote de motos de 125 cc no catálogo da marca nipónica.
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Motor | Ciclística | ||
Tipo | monocilíndrico | Dimensões (Comp./Larg./Alt.) | 1760 / 755 / 1010 mm |
Capacidade | 1224,9 cc | Distância entre eixos | 1200 mm |
Potência | 9,8 cv (7000 rpm) | Altura do assento | 765 mm |
Binário | 10,9 Nm (5500 rpm) | Distância mínima ao solo | 160 mm |
Transmissão | Raio de viragem | 1,9 metros | |
Tipo | Corrente, 4 velocidades | Peso | 101,7 kg |
Embraiagem | Multi-disco banhada em óleo | Rodas | |
Suspensão | Dianteira | Liga de alumínio, raios Y – 12″ | |
Dianteira | Forquilha USD de 31 mm | Traseira | Liga de alumínio, raios Y – 12″ |
Traseira | Monobraço oscilante | Preço | |
Quadro | Valor base | €3099 | |
Tipo | Monotrave em aço | IUC | €5,49 |
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4 comentários
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posso conduzi-la com carta A1 ?
Podes
Dá para regular a altura do assento??
Podiam fazer k teste e dar a vossa opinião sobre a goes nk 125. Para mim é uma naked mais bonita que está no mercado. Cheia de equipamento e com um preço muito aceitável. Obrigado.