Renault Clio R.S. 200 EDC Monaco GP – Autêntico brinquedo

Costuma-se dizer que o dinheiro não trás felicidade, mas permitam-me discordar, com 150 mil euros para gastar (por exemplo), podem ter a certeza que eu seria muito feliz com um excelente automóvel à minha escolha. Opções não faltariam certamente. Porém, isso não significa que só com valores deste nível é que conseguimos encontrar um automóvel capaz de lhe gerar um sorriso de orelha a orelha sempre que encontra uma estrada de montanha livre.

Um excelente exemplo do que consideramos como uma verdadeira pechincha, capaz de lhe proporcionar tudo isso por um preço quase irrisório é o Renault Clio R.S. 200 EDC, um pequeno desportivo que peca apenas pela obrigatoriedade de utilização da caixa EDC de seis velocidades e dupla embraiagem da Renault.

De resto, e enquanto não chega a versão mais radical de sempre do Clio, o RS 220 Trophy, resta-nos revelar como se comporta a versão limitada Monaco GP, para o qual apenas cinco foram disponibilizadas para Portugal. Trata-se de uma edição que reúne alguns detalhes estilísticos que o tornam mais exclusivo, conforme ocorreu com outros modelos da marca (como o Laguna Coupé, Mégane Coupé e Mégane R.S.), como as duas cores exclusivas para a carroçaria (Branco Givre Nacarado e Cinzento Platina) com o tejadilho em preto, vários acabamentos em preto brilhante ao longo da carroçaria, jantes de liga leve de 18 polegadas, entre outros detalhes.

No interior também existem elementos exclusivos, como os bancos dianteiros em carbono escuro com aquecimento, assinatura Monaco GP nos tapetes (em bordado), placa numerada Monaco GP na soleira da porta do condutor (número 404), pedais em alumínio, volante específico em pele com marcador de ponto zero, e o brilhante sistema de infoentretenimento R-Link que conta com a presença do sistema de telemetria R.S. Monitor 2.0.

Disponível com dois chassis, esta edição conta com a afinação Cup, o que garante uma altura ao solo mais reduzida em 3mm, uma suspensão mais rígida em 15% e uma direcção ainda mais precisa, o que dinâmicamente é excelente, mas acaba por gerar demasiados ruídos parasitas no interior, resultado da predominância do plástico como elemento dominante no interior. A nível de comportamento, o 1.6 turbo de 200cv e 240Nm de binário garante horas e horas de imensa diversão, desde que uilize a caixa EDC com as patilhas no volante em modo Sport e o RS Drive (modo de condução) no modo Race, desligando assim tanto o ESP como o controlo de tracção.

Em estradas de montanha, com o piso seco, sente-se a actuação do diferencial electrónico RS, sem que este chegue a ser intrusivo, garantindo assim uma aderência impressionante, mesmo tendo em conta algumas limitações impostas pelos pneumáticos utilizados, uns Continental SportContact2 (215/40 R18) que na minha opinião poderiam muito bem ser substituídos por uns Bridgestone Potenza RE050A, ou uns Michelin Pilot Super Sport para garantir um comportamento ainda mais entusiasmante.

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