Apesar de não se tratar de um modelo novo no mercado nacional, a introdução da aguardada motorização diesel 1.5 SKYACTIV-D ao Mazda 3 permitiu à sucursal nacional do fabricante japonês realizar uma espécie de reintrodução e reapresentação deste modelo, que recebe ao mesmo tempo uma nova versão com a introdução da carroçaria de três volumes. Trata-se de um verdadeiro dois em um, tendo o modelo testado reunido todas essas novidades.
Na altura de lançamento do modelo original, fiquei convencido de grande parte das capacidades deste modelo, especialmente em termos de conforto, comportamento e bom nível de equipamento de série, mas faltava uma motorização diesel para se poder vingar no mercado nacional, visto este modelo estar limitado a um SKYACTIV-G 1.5 a gasolina atmosférico de 100 cavalos, que como deverá imaginar, não era capaz de proporcionar momentos muito entusiasmantes, nem de consumos particularmente notáveis.
Felizmente com a introdução desta motorização diesel, introduzida inicialmente no brilhante CX-3, a situação mudou de figura, e de que maneira. Para começarmos temos o facto de esta motorização utilizar o mesmo principio que o 2.2 SKYACTIV-D, ao trabalhar com uma taxa de compressão impressionantemente baixa para um motor a diesel, tornando-o (quase) tão suave e silencioso quanto um motor equivalente a gasolina.
Capaz de debitar 105 cavalos de potência às 4000 rpm, este motor tem a particularidade de registar um consumo de apenas 3,8 litros por cada 10 quilómetros, um valor não muito distante dos valores registados durante o período de ensaio, sem que isso implique ao uso de uma condução demasiado cuidadosa. Por ter sido utilizada a nova versão de carroçaria CS (Coupé Style), a Mazda apenas permite a utilização da caixa manual de seis velocidades com esta motorização, sendo possível optar pela caixa automática de seis velocidades na versão hatchback, mas é de esperar um aumento tanto dos consumos como das emissões de CO2.
Relativamente à nova variante de carroçaria, apesar de ela ser, na prática, uma solução de três volumes, na realidade é que as linhas proporcionais acabam por minimizar o impacto do crescimento da bagageira nas linhas do Mazda 3, tornando-o surpreendentemente compacto, sem que isso implique alterar qualquer uma das valências da versão Hatchback, como o facto de ser um dos modelos mais leve e bem equipado do segmento C.
A título de exemplo, veja o caso do Active Driving Display, um dos primeiros sistemas head-up display do segmento, o painel de instrumentos compacto e o sistema de infoentretenimento composto por um ecrã LCD a cores de sete polegadas táctil, podendo as suas funções ser geridas não só pelo já referido ecrã táctil como pelo comando rotativo, colocado junto do manípulo do travão de mão, e pelo sistema de comandos de voz, que curiosamente suporta o Português, ao contrário de grande parte dos sistemas de fabricantes de segmentos superiores.
Ficha Técnica
Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 186 km/h |
Capacidade | 1499 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 11,0 s |
Potência | 104 cv (4000 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 270 Nm (1600 rpm) | Urbano (anunciado) | 4,3 |
Transmissão | Extra-urbano (anunciado) | 3,5 | |
Tracção | Dianteira | Combinado (anunciada) | 3,8 |
Caixa | Manual de 6 velocidades | Emissões CO2 | 99 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Larg. / Alt.) | 4580 / 1795 / 1450 mm | Valor base | €24 364 |
Peso | 1265 kg | Valor viatura testada | €29 574 |
Bagageira | 419 litros | I.U.C. | €143.17 |