Celebrámos com a Toyota os 20 anos da tecnologia híbrida, e conduzimos o futuro!
A convite da Toyota Caetano Portugal, passamos um agradável dia na Base Aérea da Ota onde participamos na festa dos 20 anos do lançamento da tecnologia híbrida da Toyota, e onde se festejou igualmente a impressionante marca de dos 10 milhões de modelos híbridos vendidos em todo o Mundo. E se desconhecia que já existiam tantos automóveis híbridos a circular nas estradas, que tal os resultados da Toyota Motor Europe (TME) que revelam que no primeiro semestre de 2017, em 527 mil viaturas, mais de 208 mil foram híbridas, o que corresponde a 40% do total dos modelos vendidos.
Este valor torna-se ainda mais impressionante se observarmos os resultados da Lexus, a marca Premium do Grupo Toyota, que ao abolir com todas as motorizações diesel, adoptou a tecnologia híbrida como sua bandeira, razão pelo qual 99% das viaturas Lexus vendidas na Europa utilizam a tecnologia híbrida. Mas este evento foi uma festa não só para a imprensa, pois entusiastas da marca nipónica e clientes com modelos híbridos também puderam participar, embora não tenham tido as mesmas oportunidades que nós, imprensa nacional, obtivemos.
Presentes para todos os convidados estiveram as quatro gerações do modelo híbrido que veio revolucionar o mercado, o Prius original, lançado em 1997. O modelo presente pertence ao Museu da Toyota Caetano Portugal, e teve a particularidade de apenas ter necessitado de substituir a bateria de elementos (12v) para poder ser guiado com toda a facilidade com que é reconhecido. O sistema híbrido, embora longe da eficiência dos modelos mais modernos, revelou estar a funcionar perfeitamente, tal como o habitáculo, isento de ruídos parasitas e com tudo a funcionar, incluindo a climatização.
Igualmente presentes estiveram modelos das restantes gerações, com o modelo de segunda e terceira geração a revelarem as inúmeras melhorias introduzidas num modelo que acabaria por se massificar a nível global. Já a quarta geração revelou ser um modelo particularmente interessante, especialmente para percursos citadinos, onde a motorização híbrida mais eficiente garante um superior aproveitamento das recuperações de energia durante as travagens e desacelerações. Destaque para o facto de este modelo, tal como os restantes modelos híbridos presentes no evento (como o Yaris, Auris, Rav 4 e CH-R), conseguir ser capaz de funcionar em modo totalmente eléctrico em mais de metade dos percursos, quando os trajectos e as condições de trânsito o permitirem.
Embora possa parecer um argumento estranho, visto não estarmos a falar em modelos com baterias de grande capacidade, este resultado ficou comprovado através da solução utilizada pela Toyota, o Driveco, uma solução já nossa conhecida, que permite registar o tempo e a distância percorrida em modo totalmente eléctrico por cada automóvel durante o trajecto desejado. Como seria de prever, existiu uma espécie de desafio, onde conseguimos percorrer mais de 70% do percurso em modo totalmente eléctrico, a bordo de um Toyota CH-R Híbrido, num circuito que continha metade do percurso em estrada, e a outra metade fora de estrada.
Mas, além de todas estas experiências e desafios, chegou aquilo que tanto aguardávamos, a possibilidade de conduzirmos o futuro. E quando me refiro “o futuro”, estou a ser totalmente correcto, pois a palavra futuro em Japonês diz-se Mirai. É verdade, a Toyota Caetano Portugal conseguiu trazer um Toyota Mirai para podermos experimentar, e podemos revelar desde já que o futuro é surpreendentemente agradável. Bastante rápido a acelerar, em silêncio total, com um bom comportamento dinâmico, o Toyota Mirai surpreende por garantir uma autonomia de 550 quilómetros (segundo normas NEDC), por abastecer totalmente em menos de 5 minutos, e por emitir da panela de escape apenas vapor de água.
Exacto, o Toyota Mirai é o primeiro automóvel produzido em série que recorre a um sistema de célula de combustível e bateria, sendo essa célula de combustível alimentada pelos depósitos de hidrogénio de 600 litros. As células deste, ao combinarem com o oxigénio, liberta a energia necessária para alimentar as baterias que irão, por sua vez, alimentar o motor eléctrico que move o Mirai. Além de carregar as baterias, esta reacção química tem como resultado o aparecimento do já referido vapor de água, único elemento libertado pelo sistema de escape. Infelizmente, devido à dificuldade na produção e armazenamento de hidrogénio, o Mirai dificilmente conseguirá massificar-se como o Prius conseguiu.
Pelo menos em Portugal é impossível, visto ainda não existir um único posto de abastecimento de hidrogénio. A meio da tarde optámos por contribuir para o programa de reflorestação da Toyota, o “Um Toyota, uma árvore”, com a plantação de duas árvores. Este programa, que faz parte da responsabilidade social da Toyota, teve início em 2005, tendo permitido a plantação de mais de 126 mil árvores em diversas localidades em todo o território nacional, o que corresponde ao número de veículos vendidos pela Toyota, em Portugal, desde 2005.
Depois desta pequena, mas importante contribuição, restou darmos inicio ao programa destinado à Lexus. Este programa, além de incluir os principais modelos híbridos da marca em exposição, incluía um desafio onde teríamos que realizar um percurso, estilo Gincana, onde teríamos que ser mais rápidos que os restantes meios, evitando ao máximo a utilização do motor de combustão. O resultado ficou aquém do esperado, pois os nossos olhos, e a mente, estavam direccionados para a verdadeira “cereja no topo do bolo”, a possibilidade de testarmos o novíssimo Lexus LC 500h.
Este modelo, que começou agora a ser comercializado em Portugal, representa o expoente máximo da tecnologia híbrida (sem ser Plug-In) do grupo, ao utilizar aquela que é a primeira transmissão híbrida Multi Stage do mercado, garantindo assim, em conjunto com motor 3.5 V6 a gasolina e um motor eléctrico, uma potência combinada de 359 cavalos, com a possibilidade de se realizar consumos na ordem dos 6,4 l/100 km.
Infelizmente ainda não tivemos oportunidade de testar, enquanto ensaio, as capacidades híbridas deste modelo, mas podemos relevar que em plena pista da Base Aérea da Ota, o novo LC 500h não teve qualquer dificuldade em circular bem acima dos 200 km/h, com total tranquilidade e uma estabilidade impressionante. Foi um dia em pleno, como deverá imaginar. Parabéns Toyota, e obrigado pelo contributo para que o Mundo seja cada vez melhor e mais sustentável.