G9 x 10: as nossas principais ideias sobre o SUV de luxo da Xpeng

O Xpeng G9 é o automóvel mais tecnológico que conduzimos este ano. De aparência imponente e interior minimalista até ao limite, este SUV chinês impressiona pela autonomia, pela potência e por uma inteligência artificial hiperactiva que parece sempre atenta ao que estamos a fazer.
Nem tudo é intuitivo — e há uma curva de aprendizagem difícil — mas é inegável que o G9 marca um novo patamar no segmento dos SUV eléctricos de topo. Estas são as nossas 10 ideias-chave sobre o G9, depois de o termos testado a fundo.
1 – Um SUV que impõe respeito
Com 4,9 metros de comprimento, quase dois de largura e um design dominado por linhas robustas e assinatura luminosa horizontal, o G9 impressiona ao primeiro olhar. As portas sem moldura evocam um coupé e reforçam o contraste entre o tamanho e os detalhes desportivos.
2 – Copiloto sempre atento
O G9 interage connosco de forma constante: avisa sobre buracos na estrada, sugere desligar alertas de velocidade, recorda quando o semáforo está verde e até fecha janelas abertas se acelerarmos. Tudo com uma voz suave e quase maternal, que tenta proteger-nos… mesmo quando exagera. A experiência é inédita e, por vezes, demasiado intrusiva.
3 – Potência e desempenho a sério
A versão Performance AWD tem dois motores (frente e traseira) com 551 cv combinados, que permitem acelerações impressionantes. A bateria de 98 kWh garante 520 km de autonomia WLTP e, nos nossos testes, registámos 16,3 kWh/100 km, um valor muito abaixo do anunciado. A performance está lá e surpreende pela suavidade.
4 – Minimalismo a ferro e fogo
O interior segue o que chamámos de “minimalismo forçado”: não há botões físicos nem mesmo para volume ou climatização. Regular os espelhos ou alterar modos de condução exige navegar menus complexos no Xmart OS. A curva de aprendizagem é gramde e até os utilizadores mais experientes vão precisar de tempo para dominar tudo.
5 – Personalização levada ao extremo
O sistema oferece quatro modos de condução, cada um com cinco parâmetros ajustáveis. Há mais de uma dúzia de categorias no Xmart OS, desde suspensão a iluminação. A liberdade é total, mas cansa: nem todos os condutores precisam de afinar a rigidez ou a altura do automóvel antes de ir buscar os filhos à escola.
6 – Entretenimento e relaxamento integrados
O G9 tem um ecrã dedicado ao passageiro da frente onde é possível ver filmes em apps como a Apple TV, mesmo com o carro em andamento. Há ainda o modo ‘Mindfulness’, que reclina os bancos da frente e toca música ambiente. Estas ideias tornam o G9 em mais que um automóvel: é um espaço de lazer e descompressão em viagem.
7 – Interior confortável com bancos inteligentes
Os bancos em pele sintética têm memória, ajustes automáticos por perfil e regulação até nos lugares traseiros, além de poderem aquecer ou ventilar. A sensação a bordo é premium, ajudada pelo espaço generoso proporcionado pelos quase cinco metros de comprimento. Este é um SUV pensado para longas viagens e famílias exigentes.
8 – Painel completo, organização complexa
O painel de instrumentos tem um nível de detalhe que lembra os modelos da BYD. A visualização da estrada é precisa e os menus laterais são personalizáveis, mas o excesso de informação pode distrair. Felizmente, os botões de scroll do volante permitem algum alívio da dependência dos ecrãs.
9 – Arrumação engenhosa (mas com falhas)
O espaço central tem um alcapão refrigerado que abre para ambos os lados, ideal para bebidas ou pequenos objectos. Há ainda carregamento Qi com arrefecimento activo. No entanto, a zona inferior estilo “ponte” tem acessibilidade difícil e continua a ser um erro comum. As portas USB e de 12V estão mal posicionadas.
10 – Um preço elevado, mas competitivo
A versão ensaiada custa 77 690 euros, um valor elevado mas proporcional ao que oferece. Se o compararmos com modelos da Volvo, Tesla ou até BMW, o G9 posiciona-se como uma proposta muito completa. Ainda assim, é um carro que exige habituação — e cuja experiência depende tanto da tecnologia como do condutor.