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Mustang Mach-E x 10: as nossas principais ideias sobre o “cavalo” eléctrico da Ford

©MotorMais | Ford Mustang©MotorMais

A Ford decidiu pegar no nome mais icónico do seu catálogo e aplicá-lo a um automóvel 100% eléctrico, com um formato que nada tem que ver com os Mustang clássicos. O Mach-E é um SUV que aposta na performance e no arrojo estético para se tentar afirmar.

Embora os puristas olhem com desconfiança para esta evolução, a verdade é que este é um modelo que impressiona, com linhas fortes e um habitáculo onde o conforto e a tecnologia são palavras de ordem. Estas são as nossas 10 ideias-chave sobre o Mustang Mach-E Premium, depois de o termos testado a fundo.

1 – Um nome poderoso num formato controverso

Chamar ‘Mustang’ a um SUV eléctrico foi uma jogada de risco. A Ford defende esta escolha com elementos visuais herdados dos modelos clássicos, como os faróis e os grupos ópticos traseiros, mas a silhueta elevada continua a dividir opiniões. Ainda assim, o impacto visual é garantido.

2 – Habitáculo bem executado, com bons materiais

O interior conjuga conforto com um certo toque desportivo. Os bancos em couro perfurado com pespontos vermelhos, a amplitude traseira e os materiais suaves ao toque elevam o ambiente, que se posiciona claramente num patamar premium.

3 – Sistema SYNC 4: grande no ecrã, pequeno na resposta

O ecrã vertical de 15,5 polegadas domina o tablier e concentra praticamente todos os controlos. Contudo, a sua colocação demasiado à frente e a lentidão entre menus prejudicam a experiência. O botão rotativo é inteligente, mas está mal integrado com a interface.

4 – Modos de condução bem baptizados, mas mal localizados

‘Whisper’, ‘Active’ e ‘Untame’ foram os nomes criativos desencantados pela Ford e acabam por ser adequados aos perfis de condução. No entanto, estão escondidos num menu pouco intuitivo, quando deveriam estar acessíveis de forma mais directa, dado o seu uso frequente.

5 – Ergonomia com falhas difíceis de justificar

A posição do selector de marcha, os controlos de climatização dispersos e o botão para desembaciar o pára-brisas mal localizado reflectem decisões de design discutíveis. Num modelo deste preço, seria esperado um maior cuidado com a disposição dos comandos.

6 – Boa organização dos comandos no volante

Neste ponto, a Ford acerta: os controlos estão bem divididos entre funções de assistência à condução e multimédia. O volante transmite segurança e funcionalidade; já os materiais, mantêm o padrão de qualidade do habitáculo.

7 – Interface de condução poderia ser mais envolvente

O painel de instrumentos digital é limpo, mas demasiado básico. Não há mudanças de visual entre modos de condução e falta-lhe personalização. A adopção de um gráfico dinâmicos sobre a regeneração de energia teria sido uma boa escolha.

8 – Soluções práticas, mas com limitações

A consola central tem bons espaços de arrumação, carregamento por indução e tomadas USB. No entanto, a zona inferior da ponte é de difícil acesso e pouco aproveitável. Por outro lado, o apoio de braço com um compartimento é funcional e útil.

9 – Condução confortável e consumos surpreendentes

Os 294 cavalos da versão RWD são mais que suficientes para uma condução ágil e divertida. Os consumos registados foram bastante positivos (13 kWh/100 km), ficando abaixo do valor oficial, o que mostra uma eficiência interessante para um SUV deste porte.

10 – Um eléctrico com carisma, mas com arestas a limar

O Mustang Mach-E é um SUV que não passa despercebido: a Ford conseguiu mesmo criar um modelo com personalidade. No entanto, há falhas de interface e ergonomia que destoam num conjunto tão ambicioso e com um preço acima dos setenta mil euros.

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