Leapmotor B10 apresentado em Portugal: primeiras impressões e novidades nos preços deste SUV compacto

Quase no final de Outubro, a Leapmotor começou a vender o B10 em Portugal, mas só hoje é que a marca, que criou uma joint-venture com a Stellantis para o mercado internacional, apresentou o seu SUV em território nacional.
Como já tinha sido antecipado, o B10 chega com uma gama simplificada de três versões, mas a marca anunciou hoje novos preços: a Life Pro (bateria de 52,2 kWh e autonomia WLTP de 361 km), fica por 27 600 euros (antes, 29 285; ); segue-se a Life ProMax (62,1 kWh / 434 km WLTP), por 29 500 euros (31 285); e a topo de gama Design ProMax (67,1 kWh / 434 km WLTP), por 30 900 euros (32 785).
Jorge Magalhães, director de comunicação da Leapmotor Portugal (na foto, em baixo), sublinhou que o B10 é «particularmente importante», dado que se «dirige ao segmento médio, o que mais clientes tem», e o «primeiro modelo verdadeiramente mainstream» da Leapmotor, com «equipamento tecnológico de vanguarda por um preço apelativo».

O responsável lembrou ainda que, em apenas oito meses, o grupo apresentou quatro modelos e tornou a Leapmotor a «segunda marca chinesa mais vendida em Portugal, nos últimos meses, apenas atrás da BYD». Para 2026, Jorge Magalhães garantiu que a ofensiva da Leapmotor em Portugal vai continuar com mais quatro lançamentos: B10 REEV, C10 AWD de 598 cv (prometidos para o primeiro semestre), a berlina compacta B05 e o SUV eléctrico B03X (no final do ano).
Para João Câmara, director comercial da Leapmotor Portugal, o B10 tem o «melhor espaço do segmento em altura na primeira e segunda fila», além de destacar os «430 litros de bagageira» e um «ecrã central de 14,6 polegadas 2.5K». O mesmo, sublinhou o facto de este modelo ter sido alvo de uma «afinação europeia feita pela Stellantis», com uma «suspensão McPherson à frente e multilink atrás».
O director comercial reforçou também que o B10 chega «totalmente equipado», sendo a cor exterior a única escolha possível: há seis opções, com a azul a ser a de lançamento e de série. Há ainda três opções de interior, mas estão todas incluídas nos preços.

Primeiras impressões: dinâmica OK, GPS KO
Ao volante, o B10 pareceu-nos um modelo muito confortável, com uma direcção firme e boa agilidade em curva. Ao contrário de outros modelos que temos conduzido, aqui não temos modos de condução como ‘Sport’ ou ‘Eco’.
Ao contrário disso, no menu ‘Condução’ há três ajustes que podemos fazer: o ‘Modo de aceleração’ pode ser definido para ‘Conforto’, ‘Standard’ e ‘Desportivo’; a ‘Travagem regenerativa’, para ‘Fraco’, ‘Médio’ e ‘Forte’; finalmente, o ‘Modo de direção’ para ‘Conforto’, ‘Standard’ e ‘Desportivo’. Esta abordagem acaba por nos dar mais poder sobre a forma como personalizamos o comportamento do B10.
Durante as quase três horas que conduzimos este SUV, num misto de auto-estrada e vias regionais, percebemos ainda que os alertas de condução são muito intrusivos e que o volante é dominado por uma força considerável sempre que nos aproximamos de linhas de separação, mesmo sem as cruzar, fruto de uma das características de segurança ADAS. A solução é invariavelmente desligar tudo isto antes de começar a conduzir.

Para fazer isto, temos de vencer a complexidade habitual do sistema de infoentretenimento, que já é uma imagem de marca dos fabricantes chineses. O ponto mais negativo vai para o comportamento do GPS, que precisa de uma revisão urgente por parte da marca: além de ser impreciso nas rotas que mostra, tem um atraso em relação à realidade (que nos levou a virar para saídas erradas em rotundas, por exemplo) e indicou-nos por duas vezes rotas em sentidos proibidos.
Depois, mais uma falha: sempre que entramos numa rotunda ou passamos por zonas mais apertadas, o ecrã passa a mostrar de forma total uma imagem 3D do B10 e liga as câmaras laterais, o que nos impede de ver as direcções do GPS. Isto é grave, sobretudo quando estamos a tentar perceber que saída devemos seguir numa rotunda ou em cruzamentos mais complicados.
Como já tínhamos experimentado no C10, os botões do volante são contextuais, o que gerou alguma confusão numa operação tão simples como mudar de estação de rádio: é preciso seleccionar primeiro a visualização da estação no painel de instrumentos. Em sentido contrário está o espaço em abundância do habitáculo, o interior minimalista (dominado por plásticos duros e revestimentos em pele) e o volante/bancos aquecidos.











