Quase dez meses depois de ter anunciado testes no Japão com um Leaf autónomo em ambiente urbano, ainda com a presença de um condutor, a Nissan anunciou a próxima fase do projecto ‘Easy Ride’.
Desta vez, com uma carrinha Serena (não é vendida em Portugal), a presença humana foi eliminada: «Pela primeira vez no país, um veículo de teste sem condutor movimentou-se numa via pública, num ambiente urbano complexo».
Sobre esta experiência, a Nissan esclarece que os testes foram feitos com «sistemas de condução autónoma remota equivalentes ao Nível 2 de automação da SAE, em conformidade com as directrizes do Japão para veículos equipados com estes sistemas».

Ainda assim, a Nissan salvaguarda que, com esta tecnologia, os veículos não ficam são supervisão: «Os veículos são monitorizados remotamente, e um condutor remoto pode assumir o controlo e conduzir os veículos caso seja necessário», garante a empresa japonesa.
O pano de fundo para estes novos testes de condução autónoma sem condutor voltou a ser a cidade de Yokohama, com a Serena a ter uma configuração tecnológica semelhante ao Leaf, usado em 2024. Este modelo usava «catorze câmaras, dez radares e seis sensores LiDAR montados no tejadilho».
Na Serene há apenas menos um radar (são nove), mas com uma importante diferença em relação ao Leaf: como esta carrinha é mais alta, os sensores do tejadilho «oferecem uma percepção significativamente aumentada» o que permite uma «identificação mais precisa do ambiente em comparação com veículos usados em testes anteriores».

Segundo a Nissan, o recurso a veículos autónomos é uma alternativa a um problema social que afecta o Japão: a «falta de condutores nos serviços de transporte em comunidades locais, devido ao envelhecimento da população».