Para nos despedirmos em grande de 2014, um ano que ficou marcado pelo lançamento deste novo projecto que tem vindo a crescer, de forma sustentada e constante, fica aqui a última publicação do ano com um dos automóveis mais espectaculares que tivemos oportunidade de experimentar.
Trata-se da brilhante Audi RS4 Avant, uma carrinha que mantém a tradição e o ADN da histórica Audi RS2, sendo considerada como um dos últimos dinossauros da indústria automóvel germânica, uma vez que irá despedir-se (na próxima geração) do poderoso V8 atmosférico por um seis cilindros turbo, por questões de consumos e emissões de CO2.
Ainda em pleno parque de imprensa da SIVA, importador nacional da Audi em Portugal, a primeira coisa que fizemos foi abrir os vidros e só então ligar o verdadeiro monstro que se encontra debaixo do capot desta lunática carrinha. A recompensa, em especial com o motor em frio, é um rosnar apaixonante que rapidamente nos lembra por que razão temos uma paixão tremenda por automóveis.
Mas se pensa que ao ralenti a RS4 é apaixonante, espere até lhe dizermos que o poderoso oito cilindros de 4,2 litros atmosférico é capaz de subir até às 8250 rpm (altura em que atinge o valor de potência máxima) de uma maneira tão rápida que poucos imaginam ser possível num V8.
A rapidez com que se atinge velocidades não só ilegais como proibitivas para as condições das nossas estradas é, no mínimo, absurda, mas difícil de resistir, especialmente porque sabemos que temos ao nosso dispor um dos melhores sistemas de tracção às quatro rodas do mercado, juntamente com toda a electrónica de topo de que a Audi dispõe para garantir que todas as ideias parvas do condutor possam ser anuladas, evitando acidentes que seriam garantidos com qualquer outro automóvel.
Mas o melhor de tudo, se as condições meteorológicas e a estrada o permitirem, é mesmo activar os modos Dynamic no motor, suspensão pneumática, direcção, e o diferencial e desligar o controlo de tracção, desfrutando assim de um dos arranques mais impressionantes que alguma vez experimentámos, superado apenas pelo monstruoso Nissan GT-R.
Naturalmente que toda esta loucura tem um preço, o elevado consumo de combustível, tendo o computador de bordo, por diversas vezes, registado valores bem acima dos 20 litros (estamos a falar em consumo médio, não instantâneo), o que nos obrigou a perder algum tempo nas bombas de combustível para garantir mais quilómetros de pura satisfação.
Para tornar tudo ainda melhor, tínhamos ao nosso dispor um interior que, embora já possa ser considerado antiquado face aos rivais da Mercedes e BMW, continua a oferecer uma qualidade de construção impressionante, especialmente neste caso, com tudo forrado a pele, alumínio e fibra de carbono, bancos desportivos, sistema MMI de infoentretenimento com navegação e um excelente sistema de som Surround da Bang & Olufsen, que infelizmente teve de ser desligado demasiadas vezes para não interferir com a melodia do 4.2 V8.
[fancygallery id=”2″ album=”217″]
[toggles behavior=”toggle”] [toggle title=”Ficha Técnica”]
Motor | Prestações | ||
Tipo | V8 atmosférico | Velocidade Máxima | 250 km/h (limitado electronicamente) |
Capacidade | 4163 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 4,7 s |
Potência | 450 cv (8250 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 430 Nm (4000 rpm) | Urbano (anunciado) | 14,6 |
Transmissão | Extra-urbano (anunciado) | 8,5 | |
Tracção | Integral | Combinado (anunciada) | 10,7 |
Caixa | Automática de 7 velocidades e dupla embraiagem | Emissões CO2 | 249 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Larg. / Alt.) | 4719 / 1850 / 1416 mm | Valor base | €113 370 |
Peso | 1795 kg | Valor viatura testada | €129 110 |
Bagageira | 490 – 1430 litros | I.U.C. | €660.45 |
[/toggle] [/toggles]