A moda dos motores de baixa cilindrada diesel em viaturas de grandes dimensões veio mesmo para ficar, em parte graças à elevada eficiência que estes motores têm atingido. Dentro dessa lista de motores encontra-se o “pequeno” D2 da Volvo, um quatro cilindros a diesel com 1.6 litros de cilindrada, que vem ainda do tempo em que a marca sueca pertenceu ao grupo Ford, e que oferece na actual geração 115 cv de potência, o suficiente para deslocar de forma suave os mais de 1700 kg do chassis da carrinha V70.
Para garantir que tudo decorre sem sobressaltos, a Volvo associou a esta motorização a caixa automática de dupla embraiagem Powershift, de seis velocidades, que faz um trabalho impecável, especialmente nos baixos regimes, evitando assim as constantes preocupações com os pontos de embraiagem em situações mais exigentes, como o arranque em subida. Para além da suavidade e conforto, também os consumos saem beneficiados, com o computador de bordo a anunciar valores que raramente superam a casa dos 7 litros, excepto se decidir abusar do pedal direito.
Esta caixa Powershift tem a particularidade de oferecer um modo Sport, algo completamente escusado para esta combinação, já que o motor D2 tem algumas dificuldades em conseguir incutir um andamento mais “sport” no enorme chassis da V70, embora existam ocasiões onde a utilização das patilhas no volante (um extra de €184) nos permita antecipar uma redução para conseguir ultrapassar aquele camião que teima em não sair da sua frente.
De resto, tirando a motorização de baixa cilindrada, dificilmente encontrará algo “menos” a bordo desta V70, sendo o espaço, o conforto, a segurança e a solidez de todo o conjunto algo que abunda em larga escala. Para tal contribuiu a elevada qualidade de construção, dos materiais utilizados e os excepcionais bancos em pele, que mantêm a tradição da Volvo no que toca ao fabrico daqueles que são, para mim, os estofos mais confortáveis do mercado, ou como costumo dizer para os meus amigos, são autênticos sofás ambulantes. O menos interessante neste conjunto acaba mesmo por ser o desenho da própria V70, que começa a acusar os anos de vida e que já merecia ser reinventado, de forma a acompanhar as linhas mais modernas de modelos como a V60 e V40.
[fancygallery id=”2″ album=”6″]
[toggles behavior=”toggle”] [toggle title=”Ficha Técnica”]
Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 180 km/h |
Capacidade | 1560 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 13,2 s |
Potência | 115 cv (3600 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 270 Nm (1750 rpm) | Cidade (anunciado) | 5,1 |
Transmissão | Estrada (anunciado) | 4,2 | |
Tracção | Dianteira | Média (anunciada) | 4,5 |
Caixa | Automática de dupla embraiagem de 6 velocidades | Emissões Co2 | 119 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 4,82 / 1,55 / 1,86 m | Valor base | €39 959 |
Peso | 1717 Kg | Valor viatura testada | €45 157 |
Bagageira | 575 / 1600 litros | I.U.C. | €141.47 |
[/toggle] [/toggles]