A sigla 525 da BMW tem uma importância histórica enorme, pois foi, em tempos, a designação utilizada pela motorização Diesel mais poderosa do mercado com o lançamento do 525 TDS em 1991. Porém, com a introdução de normas de emissões mais restritivas, a BMW viu-se obrigada a transformar o seis cilindros em linha num motor mais pequeno e eficiente, perdendo assim dois cilindros, mas introduzindo um segundo turbo para compensar.
Esta alteração permitiu aumentar a potência em 13 cv (total de 218 cv), ao mesmo tempo que manteve o valor do binário intacto nos 450 Nm, embora numa faixa de regime mais ampla graças à actuação do segundo turbo. Os consumos e as emissões saíram beneficiados com este downsizing, tendo estas últimas sido reduzidas em quase 24%, ou seja menos 40 gramas de CO2 por cada quilómetro percorrido, mas perdeu-se aquela sonoridade melodiosa do seis cilindros que ainda está presente nos 530d, 535d e M550d.
Juntamente com esta alteração a nível de motorização, o Série 5 recebeu igualmente uma actualização que, verdade seja dita, é imperceptível para a grande maioria das pessoas. Trata-se de uma alteração bem ao estilo do que foi realizado no ano passado com o Série 7, existindo como novidade meros pormenores, como as ópticas dianteiras e traseiras redesenhadas, a passagem do pisca do guarda-lamas para os espelhos retrovisores e pela introdução de duas novas linhas de equipamento – Modern e Luxury —, que permitem, finalmente, personalizar o Série 5 sem que tenha que recorrer ao habitual Kit M Sport que praticamente todos os Série 5 teimam em usar.
No interior as alterações são ainda mais reduzidas, destacando-se apenas a introdução de novas combinações de materiais e novas cores, painel de instrumentos digital e personalizável (€648) de acordo com o modo de condução escolhido e a obrigatória actualização do sistema iDrive, que no caso de vir acompanhado pelo pacote de navegação profissional (como foi o caso) passa a usar o comando com o sensor touchpad integrado no topo.
Existem ainda outras novidades que não são tão fáceis de identificar mas que tornam o Série 5 ainda mais interessante, como a colocação de alguns extras como parte do equipamento de série, como o cruise-control com função de travagem, faróis de Xénon com o respectivo sistema de lavagem, sensores de estacionamento traseiros e dianteiros, sistema de experiência de condução com modo ECO Pro e sistema de infoentretenimento com kit Bluetooth e entrada USB.
Embora a motorização seja mais pequena, o 525d continua a oferecer um óptimo comportamento, sendo este auxiliado pela excelente caixa automática de 8 velocidades, com modo desportivo(€2328), e pela suspensão adaptativa (€1350). Estes e outros opcionais existentes nesta viatura de testes acabam por encarecer bastante este 525d, que passa assim dos “básicos” €57 900 para uns menos agradáveis €77 950.
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Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 243 km/h |
Capacidade | 1995 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 6,9 s |
Potência (combinada) | 218 cv (4400 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário (combinada) | 450 Nm (1500 rpm) | Cidade (anunciado) | 5,6 |
Transmissão | Estrada (anunciado) | 4,1 | |
Tracção | Traseira | Média (anunciada) | 4,7 |
Caixa | Automática de 8 velocidades | Emissões Co2 | 123 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 4,90 / 1,46 / 1,86 m | Valor base | €57 900 |
Peso | 1725 Kg | Valor viatura testada | €77 950 |
Bagageira | 520 / 1670 litros | I.U.C. | €249.48 |
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