O que leva um gigante histórico como a Mercedes-Benz a aliar-se a uma marca como a Renault (sem retirar o mérito histórico da mesma)? Simples, redução de custos, uma vez que o desenvolvimento de uma nova motorização poderá implicar um investimento de milhares de milhões de euros. Com valores destes em cima da mesa, quem sou eu para acusar a Mercedes-Benz de passar a usar a Renault enquanto fornecedor de componentes para as suas novas motorizações de entrada.
Mas quando me refiro a motorizações de entrada, não estou a falar do conhecido 1.5 dCi, de origem Renault, que equipa os modelos compactos como o Classe A e GLA, mas sim do novo 1.6 dCi enquanto base para a motorização 180 BlueTec do novo Classe C. Sim, o histórico modelo de Estugarda passa a dispor, como entrada de gama, de uma motorização com origem Renault. Mas desengane-se se acha que o resultado poderá ser desprestigiante para o Classe C, pois estamos perante uma das mais interessantes motorizações da gama.
Usando esta Classe C Station como cobaia, à primeira vista não existem qualquer diferença face a qualquer outro modelo de “pura raça”, nem no exterior nem no interior. Assim que entramos, tudo permanece igual ao que já conhecemos no passado, porém a situação muda assim que dou a volta à chaves na ignição e sou brindado com um absoluto… silêncio.
Sim, ao contrário do irritante matraquear do velhinho bloco de 2.1 litros diesel da Mercedes-Benz, usado nas versões C220d e C250d, o novo bloco de 1.6 litros usado nas versões C180d e c200d é impressionantemente silencioso, e ausente de qualquer tipo de vibração. Associado a uma caixa manual de seis velocidades, com relações bastante longas, esta carrinha não tinha grandes dificuldades em atingir velocidades de cruzeiro próximas dos limites de velocidade, sem que dessemos por conta.
Já tinha testado esta combinação num Classe C limousine, mas o resultado não tinha sido tão agradável, talvez pelo tipo de trajectos realizados terem sido sempre dentro da cidade de Lisboa, e no caso da Station terem sido realizados entre Lisboa e o Algarve, revelando as suas aptidões enquanto estradista, e o excelente conforto proporcionado pela nova motorização diesel de entrada de gama.
Como pontos negativos, apenas permanecem dois, já referenciados no anterior ensaio à berlina, a colocação do comando do sistema de infoentretnimento, devido à colocação do punho da caixa de velocidades manual, e o preço dos extras, que poderão tornar esta versão de entrada de gama num modelo algo… dispendioso.
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Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 201 km/h |
Capacidade | 1598 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 11,5 s |
Potência | 115 cv (3000 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 280 Nm (1500 rpm) | Cidade (anunciado) | 5,1 |
Transmissão | Estrada (anunciado) | 3,8 | |
Tracção | Traseira | Média (anunciada) | 4,3 |
Caixa | Manual de seis velocidades | Emissões Co2 | 109 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 4702 / 1457 / 1810 mm | Valor base | €40 450 |
Peso | 1550 Kg | Valor viatura testada | €47 690 |
Bagageira | 490-1510 litros | I.U.C. | €141.47 |
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2 comentários
Os comentários estão fechado.
Mas não vamos comparar a durabilidade do motor Mercedes 2.1 com o Renault 1.6!!!
1.6 116 cv nessa carrinha deixa muito a desejar , nem percebo o uso dessa motorização , quando existe a de 136cv e a Renault já oferece esse motor com 160cv. A ver vamos que fiabilidade terá esse motor 1.6 dci ………