Mercedes-Benz GLC 250d 4MATIC – Criado para dominar

A sede de poder da Mercedes-Benz é enorme, razão pelo qual substituíram o anterior GLK pelo novo GLC, como forma de concorrerem no atraente segmento de mercado dos SUV Premium, onde modelos como o BMW X3, Audi Q5, Lexus NX e55 Volvo XC60 dominam a seu belo prazer.

Se visualmente o novo GLC, que estreia a nova nomenclatura da Mercedes-Benz relativamente à associação dos modelos SUV aos modelos de massa (GLC encontra-se assim ligado ao Classe C), recebe um visual muito aerodinâmico e atraente, por outro lado este parece ter perdido um pouco a personalidade de dureza e robustez do anterior GLK, modelo que pessoalmente continuo a adorar, pela sua forte personalidade.

Mas as escolhas do mercado assim o ditaram, e para se manterem fieis aos seus princípios, a Mercedes-Benz mantém o Classe G com uma estética inalterada (e ainda bem), deixando os restantes modelos irem ao encontro dos desejos do mercado, razão pelo qual o novo GLC, além do novo visual, cresce ligeiramente, com mais 12cm de comprimento e 5cm de largura.

Porém, apesar das dimensões maiores, este modelo recebe u ma redução de peso significativa de 80kg para o GLK, fruto da adopção de novos materiais, como o alumínio em componentes como o capot e o tejadilho. Esta redução de peso tem a particularidade de melhorar não só o comportamento dinâmico, como a aceleração, os consumos e as emissões, temas que são cada vez mais importantes no mercado automóvel.

No interior destaca-se o visual inspirado no Classe C, embora se sinta uma ligeira orientação de todos os elementos, para que possa usufruir de uma posição de condução mais elevada, um elemento obrigatório para este tipo de veículos. A qualidade de construção é a mesma encontrada no Classe C, ou seja, muito elevada, mas ainda assim aquém da existente no modelo da Audi, que neste campo continua intocável.

Ainda assim, as linhas além de muito atraentes, revelam uma ergonomia excelente, estando todos os comandos importantes facilmente acessíveis, incluindo o comando do Dynamic Selection, que permite regular o comportamento de diversos elementos, como o motor, suspensão, direcção e força do sistema de climatização. Como tem vindo a ser habitual neste segmento, também o GLC vem recheado de inúmeros sistemas de ajuda à condução e segurança, como o Collision Prevention Assist Plus, o Attention Assist e o Assistente de ventos laterais (que foi desenvolvido originalmente para o gigantesco GL).

Em termos de motorização, este modelo conta, para já, apenas com a motorização 250d, composta pelo sobejamente conhecido bloco de quatro cilindros 2.1 turbo com 204cv de potência e 500Nm de binário, que são distribuídos pelas quatro rodas motrizes (repartido em 45:55) através do sistema de tracção integral 4MATIC e pela caixa de nove velocidades 9G-Tronic, que poderá actuar em modo totalmente automático, ou em modo manual, usando as patilhas colocadas atrás do volante.

Esta revelou ser muito bem equilibrada e estar perfeitamente integrada com as características e o comportamento dinâmico da carroçaria, que neste caso contava com a presença da suspensão pneumática opcional Air Body Control, excelente para garantir um elevado conforto de rolamento, tanto em asfalto como fora dele, embora não espere levar este GLC para aventuras tresloucadas, uma vez que não está equipado com soluções como os modos Offroad existentes para modelos com o GLE. Se estiver interessado neste modelo, prepare-se para uma longa lista de espera, e tenha cuidado com o preço dos extras, não vá o seu GLC subir de preço como este modelo testado, dos 55 mil de partida para quase 75 mil.

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