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Mazda MX-5 SKYACTIV-G 1.5 Excellence Navi – Pormenores que fazem a diferença

O Mazda MX-5 já foi sobejamente falado por aqui, tanto nesta página da MotorMais, como na própria revista PCGuia, por ser o ícone que é, e manter-se ao longo destes últimos 30 anos como a referência no segmento dos roadsters. Na sua actual geração, a quarta, designada de “ND” e lançara originalmente em 2015, a Mazda decidiu efectuar uma ligeira actualização, que em termos visuais estão limitadas a um novo acabamento na capota de lona em tom castanho, e acabamento mais escurecido nas jantes de liga leve de 16 e 17 polegadas.

Porém, as grandes novidades são em termos de equipamento, estando estas disponíveis tanto nas versões soft-top (capota de lona) como na versão RF (Retractable Fastback). Começando pelas melhorias na posição de condução, uma das poucas críticas que tanto eu como praticamente toda a imprensa sempre atribuiu ao Mazda MX-5, foi a falta de ajuste da coluna de direcção em termos de profundidade, limitação essa que foi finalmente resolvida, sendo agora possível ajustar o volante tanto em profundidade como em altura.

Quanto a ajudas na condução, o Mazda MX-5 passa a contar com cinco novidades tecnológicas no pacote de segurança i-ACTIVSENSE, como a câmara de visão traseira para facilitar as manobras de estacionamento, Traffic Sign Recognition System para reconhecimento dos sinais de trânsito, Driver Attention Alert para avisar quando são detectados sinais de fadiga do condutor, bem como os Advanced Smart City Brake Support e Smart City Brake Support Reverse, que detectam veículos e peões que surjam na frente e traseira (respectivamente) do veículo, permitindo assim evitar colisões.

Igualmente importante é o facto de o sistema de infoentretenimento, na versão MZD Connect com ecrã táctil de 7 polegadas e comando rotativo, o mesmo passar a suportar as plataformas Android Auto e Apple CarPlay, embora continue a não ser possível tirar total partido das capacidades tácteis do ecrã, obrigado ao constante uso do comando rotativo, que em certas ocasiões poderá revelar-se como pouco intuitivo. Poderá dizer-se que existem outros fabricantes, inclusivamente premium (como a Audi e a Mercedes-Benz), que sofrem da mesma limitação, mas estas não usam uma interface táctil nos restantes menus.

Embora até agora as actualizações tenham sido meros pormenores, foi nas motorizações onde o fabricante nipónico mais teve que se empenhar, como forma de cumprir as mais exigentes normas WLTP, e garantir o cumprimento das emissões Euro 6d Temp. Com estas alterações, o pequeno SKYACTIV-G 1.5 conseguiu ver o seu desempenho melhorado, com o nível de potência a subir dos anteriores 131 para 132 cavalos, tal como o valor de binário máximo, de 150 para 152 Nm às 4.500 rpm. Igualmente importante foi o facto de os consumos terem reduzido ligeiramente, bem como as emissões, permitindo assim tirar partido das alterações na atribuição do Imposto Único de Circulação, permitindo ao MX-5 que desceu de escalão.

Mas, mais importante que este insignificante aumento de potência, é o facto do controlo de aceleração ter sido actualizado, por forma a reduzir significativamente o intervalo de resposta entre as solicitações no pedal do acelerador e a resposta efectiva do motor. Mas, mais importante que tudo isto é o resultado final, e aqui posso afirmar que a Mazda conseguir, com todos estes pormenores, manter o comportamento do pequeno MX-5 próximo do brilhante, tal como o fabricante nipónico tende a afirmar, com a designação Jinba Ittai, que simboliza a união entre o condutor e o carro.

Se, porventura, a potência desta motorização lhe soa a pouco, saiba que a motorização SKYACTIV-G 2.0 sofreu um incremento bastante impressionante através da adopção das novas normas WLTP e Euro 6D Temp, com a potência a subir dos anteriores 160 para os 184 cavalos, às 7.000 rpm, embora o binário máximo tenha subido apenas dos 200 para 205 Nm às 4.000 rpm. Honestamente, a versão 1.5 parece-me a mais equilibrada e adequada às nossas estradas, mas iremos brevemente comprovar essa teoria, de preferência sem o mau tempo que tem fustigado este Verão de 2019, como aconteceu durante este ensaio.

Ficha Técnica

MotorPrestações
TipoQuatro cilindros em linhaVelocidade Máxima204 km/h
Capacidade1496 ccAceleração (0-100 km/h)8,3 s
Potência131 cv (7000 rpm)Consumos (litros/100 km)
Binário152 Nm (4500 rpm)Cidade (anunciado)7,4
TransmissãoEstrada (anunciado)5,3
TracçãoTraseiraMédia (anunciada)6,1
CaixaManual de seis velocidadesEmissões Co2138 g/km
ChassisPreço
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.)3915 / 1235 / 1735 mmValor base€24 282
Peso1027 KgValor viatura testada€31 335
Bagageira130 litrosI.U.C.€136.72