Notas Finais
Gostámos
- Personalização
- Equipamento
- Consumos
A rever
- Espaço nos lugares traseiros
- Ruído em estrada
Conclusão
7.6O Micra N-Sport 1.0 IG-T revelou ser uma agradável surpresa, mas ao contrário do que o nome dá a entender, não oferece o desempenho de um verdadeiro desportivo. Ainda assim, a aparência desportiva, as possibilidades de personalização, o elevado nível de equipamento e os baixos consumos deste motor são excelentes argumentos para ter em conta esta versão do Nissan Micra.
Prestes a fazer 40 anos (lançado originalmente em 1982), a 5ª geração do Nissan Micra é, no mínimo, um caso estranho de sucesso. Sucesso porque a Nissan soube adaptar-se às necessidades do mercado, ao ter transformado o anteriormente compacto numa excelente proposta para o competitivo segmento B europeu. Mais estranho ainda é termos em conta que o actual Nissan Micra, muito embora seja mais longo, largo e baixo que qualquer outra das quatro gerações anteriores, continua a usar a plataforma da anterior geração, sem que isso contribua negativamente no comportamento do mesmo.
Visualmente nota-se um arrojo que anteriormente pensávamos só disponível no Juke, com a possibilidade de criar várias combinações com cores fortes, permitindo assim uma personalização completa. Por outro lado, temos uma clara inspiração na anterior geração do Qashqai, especialmente à frente, o que é uma jogada de génio, não fosse o Qashqai um dos modelos mais vendidos (e desejados) do mercado europeu.
Mas o que traz esta versão N-Sport 1.0 IG-T de novo, face ao Nissan 0.9 IG-T Orange Vibes que testámos anteriormente? Começando pelo facto de se tratar da versão N-Sport, esta diferencia-se por usar um visual mais desportivo, com a aplicação de bancos mais ergonómicos (e com maior apoio) com um misto de pele sintética e Alcantara ao centro, estando este elemento igualmente presente no tablier, algo raro neste segmento. Infelizmente o espaço nos lugares atrás continuam a ser um pouco limitados, especialmente se os ocupantes dianteiros tiveram uma grande estatura.
O tejadilho em preto e as saídas de ventilação em branco finalizam a lista de novidades desta versão, em termos de interior. Por fora o destaque vai para as jantes de 17 polegadas com acabamento em preto (“Carbon-Look”), que em conjunto com os vidros escurecidos e as capas de espelhos em preto contrastam na perfeição com esta pintura “Passion Red”.
Em termos de equipamento, esta unidade testada vinha equipada com o sistema de infoentretenimento NissanConnect, composto por um ecrã táctil de 7 polegadas que, ao contrário das anteriores gerações, permite personalizar os atalhos dispostos no ecrã inicial, bem como suportar comandos por voz, embora as funções disponíveis sejam limitadas. A interface, embora melhor, continua a usar um grafismo demasiado “nipónico”, ou seja, algo datado.
Felizmente é totalmente compatível com as plataformas Android Auto e Apple CarPlay, onde este sistema se comporta de forma exemplar, com uma boa resolução e boa resposta ao toque. Conta ainda com sensor de luz e chuva, câmara de visão traseira e sensores de estacionamento traseiros, sistema de monitorização da pressão dos pneus, assistente de arranque em subida, limitador de velocidade e cruise control, sistema anti-colisão frontal, Chassis Control (com controlo inteligente de carroçaria e de trajectória), ar condicionado automático e vidros eléctricos à frente e atrás.
Em termos de motorização, o motor 1.0 IG-T veio dar uma nova alma ao pequeno Micra, revelando um desempenho significativamente mais convincente que o anterior 0.9 IG-T. Porém, devido às normas de emissões em vigor no velho continente (Euro 6D), a Nissan teve que renovar este 1.0 IG-T, o que levou a uma ligeira perda de potência, de 100 para 92 cavalos, embora o binário se tenha mantido nos 160 Nm, ou 144 Nm se optar pela variante de caixa CVT (caixa de variação contínua).
A versão ensaiada vinha equipada com a excelente caixa manual de 5 velocidades, que é rápida e precisa, e garante consumos bem mais contidos que a CVT. Utilizando este Micra para realizar deslocações de Lisboa a Grândola (e de regresso a Lisboa), com muita estrada e autoestrada pelo meio, este pequeno Micra registou um consumo médio de 5.3 l/100 km, o que é inferior aos valores anunciados pela Nissan. Isto comprova a elevada eficiência deste pequeno motor, que ainda assim consegue dar origem a um ritmo divertido sempre que precisar.
Ficha Técnica
Motor | Prestações | ||
Tipo | Três cilindros em linha | Velocidade Máxima | 184 km/h |
Capacidade | 999 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 10,9 s |
Potência | 92 cv (5000 rpm) | Consumos (litros/100 km) WLTP | |
Binário | 166 Nm (2750 rpm) | Cidade (anunciado) | – |
Transmissão | Estrada (anunciado) | – | |
Tracção | Dianteira | Média (anunciada) | 5,5 |
Caixa | Manual de 5 velocidades | Emissões Co2 | 133 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 3999 / 1455 / 1743 mm | Valor base | €17 695 |
Peso | 1060 Kg | Valor viatura testada | €21 150 |
Bagageira | 300 / 1004 litros | I.U.C. | €103.12 |