Após uma década em que esteve em sua perseguição, a sonda Rosetta da Agência Espacial Europeia (ESA) atingiu a órbita do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, tornando-se assim na primeira sonda a conseguir realizar tal proeza.
Através do sistema de imagem integrado (OSIRIS), a sonda Rosetta conseguiu tirar algumas fotografias, sendo uma delas a que melhor demonstra a superfície do cometa em questão, com zonas gravemente afectadas por impactos e crateras, e outros locais mais planos. Recorde-se que esta imagem foi retirada a uma distância de apenas 130 quilómetros.
Este projecto, embora de origem europeia, teve a participação de vários instrumentos americanos, bem como cientistas que contribuíram para a implementação de 7 dos 21 instrumentos usados. Lançada em Março de 2004, a sonda Rosetta esteve adormecida durante uma década, até ter sido despertada pelos sensores que a reactivaram para poder perseguir o cometa, tendo como principal objectivo conseguir lançar uma sonda para o núcleo do cometa em Novembro, de forma a poder monitorizar as alterações do mesmo sempre que este se aproxima do Sol.
Recorde-se que os cometas são verdadeiras cápsulas do tempo, compostas por restos materiais espaciais do tempo em que as estrelas e os planetas ainda estavam a formar-se, podendo revelar algumas informações sobre a origem e evolução do nosso sistema solar, bem como do papel desempenhado pelos cometas sobre a possibilidade de terem contribuido para a origem de água na terra, bem como da vida.
