Dentro do grupo de veículos híbridos, a solução mais eficiente que conhecemos são os modelos Plug-In Hybrid, visto recorrem a baterias de maior dimensão que podem ser recarregadas em casa. Este aumento de capacidade permite-lhes percorrer uma distância maior em modo totalmente eléctrico, existindo já no mercado alguns modelos muito interessantes, como o Toyota Prius Plug-In Hybrid e o Porsche Panamera S e-Hybrid.
A estes junta-se agora o Mitsubishi Outlander PHEV (Plug-In Hybrid Electric Vehicle), um SUV que permite percorrer até 52 km em modo totalmente eléctrico por um preço que ainda pode ser classificado como acessível. Para o distinguir dos restantes Outlander este dispõe de símbolos a identificar o modelo, bem como de outros pormenores como a grelha fechada e a segunda tampa de abastecimento de grandes dimensões, para permitir a utilização de fichas de carregamento normais (5 h) e de carregamento rápido (30 min. para 80% da bateria).
A bateria de 300 v utilizada tem uma carga total de 12 kWh e encontra-se colocada sobre o eixo traseiro, o que permite manter praticamente toda a habitabilidade no interior do Outlander, excepto a bagageira, que perdeu 14 litros de capacidade, e a impossibilidade de poder usar uma terceira fila de lugares. Sendo a versão mais equipada da gama, não faltam extras como os bancos em pele com comandos eléctricos e um completo sistema de infoentretenimento com navegação, onde podemos verificar todo o historial do funcionamento do sistema híbrido.
A motorização é composta por um motor a gasolina de dois litros com 121 cv de potência, associado a dois motores eléctricos de 60 kW, um para cada eixo (criando assim um eficaz sistema de tracção às quatro rodas), sendo o traseiro mais poderoso ao oferecer 195 Nm de binário, face aos 137 Nm do motor dianteiro. Para garantir que ambos os motores funcionem com toda a sua potência, existe um gerador de 70 kW adicional, colocado junto ao motor de combustão.
O modo eléctrico é o modo pré-definido, estando sempre disponível enquanto circularmos abaixo dos 120 km/h, desde que tenhamos carga na bateria e alguma contenção no doseamento do pedal do acelerador. Utilizando uma relação directa (não tem caixa de velocidades), existe uma limitação a nível de velocidade, 170 km/h, mas temos menos sistemas mecânicos a gerar ruído, o que acaba por aumentar o conforto a bordo.
Existem dois modos adicionais de funcionamento, o modo SAVE, que poupa a energia das baterias, e o modo CHRG, que, como o nome indica, activa o motor de combustão para carregamento da bateria, ideal para quando não temos uma tomada eléctrica nas proximidades.
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Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cil. linha Gasolina + Motores eléctricos | Velocidade Máxima | 170km/h |
Capacidade | 1998 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 11 s |
Potência (combinada) | 200 cv | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 190 Nm (motor de combustão) + 195 Nm (motor eléctrico traseiro) + 137 Nm (motor eléctrico dianteiro) | Urbano (anunciado) | – |
Transmissão | Extra-urbano (anunciado) | – | |
Tracção | Às quatro rodas | Combinado (anunciada) | 5,4 |
Caixa | Relação directa | Emissões CO2 | 44 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Larg. / Alt.) | 4655 / 1800 / 1680 mm | Valor base | €43 000 |
Peso | 1810 kg | Valor viatura testada | €48 000 |
Bagageira | 463 litros | I.U.C. | €174,58 |
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