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Jeep Wrangler Rubicon 2.2 CRD 4×4 – Perfeito para o desconfinamento…

Antes de mais, quero pedir desculpas à Jeep Portugal, visto que este ensaio já deveria ter sido publicado, mas devido a problemas na recuperação das fotografias, a partir de um cartão de memória que se corrompeu, só agora foi possível completarmos esta publicação.

Relativamente ao modelo em questão, falar-se no Jeep Wrangler, estamos involuntariamente a falar num dos ícones da indústria automóvel, visto tratar-se de um digno herdeiro do histórico Willys, um veículo todo-o-terreno criado na década de 40, para servir as forças armadas norte-americanas nos mais variados terrenos durante a Segunda Guerra Mundial.

Relançado posteriormente após a guerra, já com a marca que manteria até então, foi descontinuado para dar origem ao Jeep CJ (“Civilian Jeep”) e, mais recentemente, enquanto Wrangler, desde 1987. Desde então, tem sido este o modelo que tem mantido viva a herança da marca, sendo igualmente o modelo mais apreciado e desejado pelos fãs da marca norte-americana, grupo esse no qual eu pertenço.

Durante 2018, o Wrangler entrou na sua quarta geração, oferecendo importantes melhorias, que o transformaram num veículo mais civilizado em estrada, sem prejudicar as suas excepcionais capacidades fora de estrada, capacidades essas que são por demais evidenciadas na versão Rubicon, ao oferecerem melhores ângulos de ataque, saída e ventral, maior distância ao solo, pneus mistos (preparados para lama), barra estabilizadora dianteira desligável electronicamente, bloqueio electrónico dos eixos, entre outros.

Tudo isto, naturalmente, já associado ao chassis completamente novo, que incluí eixos de alta resistência Dana 44 (no caso deste Rubicon), nova suspensão e painéis de carroçaria em alumínio, em que certos elementos podem ser removidos, como as portas e o tejadilho, podendo este ser rígido ou flexível. O pára-brisas também pode ser rebatível, mas atenção, legalmente o Wrangler só pode circular nestas condições em estradas autorizadas e em percursos fora de estrada. Embora visualmente não seja muito diferente da anterior geração, é fácil de identificar este novo modelo em pormenores como as ópticas com iluminação em LED.

No interior as mudanças estão também só ao alcance dos mais perspicazes, com elementos que destacam como o novo volante, e uma faixa personalizada ao longo de todo o tablier. Os comandos de regulação do sistema de tracção foram agora agrupados de uma forma mais organizada, e ao centro encontrará o novo sistema de infoentretenimento UConnect, que neste caso em concreto dispõe de um ecrã táctil de 8,4 polegadas (7” de origem), compatível com as plataformas Apple CarPlay e Android Auto. Destaque para o sistema de som Hi-Fi Alpine, com 9 altifalantes, incluindo um subwoofer integrado no piso da bagageira.

E por falar em bagageira, este modelo estava configurado como tendo apenas dois lugares e duas portas, solução essa que permite homologá-lo como sendo um veículo profissional, para poder usufruir de uma absurda poupança superior a 9000 euros, face à versão de quatro portas e cinco lugares… Em termos de motorizações, também a Jeep foi obrigada a ter que se adaptar às imposições das autoridades europeias em termos de emissões, razão pelo qual o Wrangler perdeu o anterior 2.8 turbo diesel, pelo mais recente, e eficiente, 2.2 CRD.

Este novo motor, embora ofereça o mesmo valor de potência (200 cavalos), garante um binário máximo superior de 450 Nm, face aos anteriores 410 Nm. Isto permite ser não só mais rápido a acelerar, como permite atingir consumos médios significativamente inferiores, sem esquecer o facto de ser mais agradável de conduzir em estrada, em parte também pelo funcionamento mais silencioso. Destaque ainda para a agradável caixa automática de oito velocidades, que se comporta de forma exemplar, não só em estrada como fora. Melhor comportamento em estrada, só mesmo com outros pneus, o que permitiria até aumentar a velocidade máxima de 160 para 180 km/h, mas iria perder as excepcionais capacidades off-road deste Wrangler Rubicon.

Ficha Técnica

MotorPrestações
TipoQuatro cilindros dieselVelocidade Máxima160 km/h
Capacidade2143 ccAceleração (0-100 km/h)9,6 s
Potência200 cv (3500 rpm)Consumos (litros/100 km)
Binário450 Nm (2000 rpm)Cidade (anunciado)12,2
TransmissãoEstrada (anunciado)8,1
Tracção4×4Média (anunciada)9,5
CaixaAutomática de 8 velocidadesEmissões Co2247 g/km
ChassisPreço
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.)4334 / 1841 / 1894 mmValor base€52 500
Peso1990 KgValor viatura testada€63 850
Bagageira548 litrosI.U.C.€415,02

Notas Finais

Design9
Interior7
Desempenho7.5
Consumos4.5
Equipamento7.5
Preço7

Gostámos

  • Design intemporal
  • Capacidades todo-o-terreno
  • Motor mais eficaz

A rever

  • Habitabilidade limitada
  • Pneus pouco confortáveis para viagens longas

Conclusão

7.1Embora não muito diferente da anterior geração, o novo Wrangler é melhor que o seu antecessor em praticamente tudo, mas é na condução onde se nota maior evolução, especialmente em estrada, sem prejudicar (bem pelo contrário) as suas capacidades fora de estrada. A nova motorização, associada à caixa automática, revelam igualmente uma melhoria significativa. Não é um veículo acessível, mas é, cada vez mais, um veículo raro, e que merece ser preservado.