Volkswagen Passat 2.0 TDI 190 DSG Highline – No Topo do Segmento

Num segmento do mercado dominado pelas vendas a frotas (90%), o novo Passat teve de ser desenvolvido tendo em conta as necessidades deste mercado, ou seja, deixar a estética para segundo plano e apostar na eficiência, conforto e comportamento.

Face a alternativas como o Ford Mondeo, Peugeot 508, Opel Insignia ou Mazda 6, o novo Passat poderá não ser tão bonito quanto estes, tendo linhas demasiado próximas às do seu antecessor, mas o recurso à plataforma MQB (a mesma do Golf) permitiu, além de reduzir o peso em 85kg, manter o comprimento exterior e oferecer mais espaço a todos os ocupantes, graças ao aumento da distância entre eixos, entre vias e na sua largura.

Não desfrutando do design mais apelativo do grupo, este modelo em particular vinha equipado com o kit R-Line (982 euros), que lhe conferia um visual mais imponente, graças às entradas de ar específicas e à grelha de protecção do radiador em cromado e com logotipo R-Line, isto sem esquecer a traseira com frisos decorativos que simulam a existência de uma dupla saída de escape. Este pacote incluí ainda vidros laterais traseiros e óculo traseiro escurecidos, suspensão desportiva (-15mm em altura), direcção mais progressiva e bloqueio eléctronico do diferencial XDS.

Até a mala ficou gigantesca, com 586 litros de capacidade, que podem ser ampliados para 1152 litros assim que rebater os bancos traseiros. Nem só aqui o novo Passat impressiona, pois tanto a qualidade dos materiais, bem como na montagem dos mesmos, está ao nível dos segmentos premium, com detalhes como os excelentes bancos Ergoconfort de ajuste eléctrico, passando por outros detalhes como o forro das bolsas das portas em veludo, entre outros.

O desenho do tablier e da consola central poderá não ser o mais original, sendo mesmo demasiado semelhante ao Passat da anterior geração, porém todos os botões estão colocados numa posição perfeita, facilmente alcançáveis pelo condutor, bastando um curto período de habituação para evitar desviar o olhar da estrada para realizar qualquer tipo de função.

Nem mesmo o manuseamento do excelente sistema de infoentretenimento, composto por um ecrã táctil de 6.5 polegadas (Discover Media), merece grande habituação, sendo a sua interacção extremamente simples e intuitiva. Naturalmente que se preferir poderá optar pelo sistema Discover Pro, que vê o ecrã táctil crescer para as 8 polegadas, bem como adiciona funcionalidades extras, como o Mirror-Link e os serviços online Volkswagen Car-Net.

Este modelo em questão vinha equipado com o opcional painel de instrumentos digital (Active Info Display), um extra de 380 euros que permite substituir o tradicional painel por um totalmente digital de 12,3 polegadas que possui cinco vistas distintas e permite reproduzir no ecrã informações como os mapas do sistema de navegação, tal como acontece com a solução usada pelo novo Audi TT.

No que toca à motorização, este Volkswagen Passat estreava a mais recente encarnação do quatro cilindros 2.0 TDI, que passa agora a estar disponível com 190cv de potência e 400Nm de binário máximo, disponível logo às 1750rpm. Associado à brilhante DSG de dupla embraiagem de seis velocidades, o resultado foi um automóvel que, embora de grandes dimensões, revelou uma agilidade pouco habitual, graças ao peso mais reduzido, uma vez que o elevado recurso ao alumínio permitiu reduzir significativamente o peso total face à anterior geração. Se está preocupado com os consumos, esqueça, este motor é tão eficiente quanto a versão de 150cv.

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