Mercedes-Benz A 200d – Melhorar o óptimo

Lançado em 2012, o actual Classe A da Mercedes-Benz (W176) veio marcar o início de uma revolução dentro do gigante germânico, que lhe permitiu conquistar, por cinco anos consecutivos, os melhores resultados de sempre da sua história, tendo em 2015, contribuído de forma inquestionável para o sucesso da marca em Portugal, que conquistou a posição de líder nas marcas premium, tanto em valor como em unidades vendidas.

O segredo para este sucesso foi simples, bastou eliminar tudo o que conheciam até então (para este modelo) e criar algo a partir de uma folha em branco. E quando digo isto, digo mesmo do zero, desde design, plataforma, interiores, equipamentos, etc. O resultado é um modelo brilhante, que tem registado um sucesso comercial invejável, permitindo à Mercedes-Benz ir conquistando vendas e clientes habitualmente associados a marcas mais generalistas.

Porém, para se manter no topo é necessário ir-se adaptando às necessidades do mercado, razão pelo qual a Mercedes-Benz decidiu actualizar a sua galinha de ovos de ouro, com a chegada do restyling do Classe A. Este modelo recebe assim uma estética redesenhada, com a introdução de novos párachoques, novos conjuntos ópticos com maior recurso à tecnologia LED, novos equipamentos e a introdução do sistema Dynamic Select, que actua como selector de modos de condução, para adaptar o comportamento do Classe A para uma condução mais confortável, eficiente ou desportiva.

Para comprovarmos estas alterações fomos testar o novo A200d, que apesar de vir equipado com o conhecido 2.1 turbodiesel de 136cv, pode vir equipado com a caixa 7G-DCT de dupla embraiagem, podendo ainda receber o eficaz sistema de tracção integral 4Matic como opcional. Esta combinação, em conjunto com o sistema Dynamic Select, tornou este Classe A mais adequado a uma utilização quotidiana, uma vez que optando pelo modo Comfort, revelou ser (significativamente) mais confortável que o Classe A “original”, que pecava por ser algo rígido, mesmo nas versões mais contidas.

E já que falamos em conforto, de registar as melhorias em termos de isolamento acústico, que permitiu tornar o (algo) ruidoso 2.1 turbodiesel numa motorização perfeitamente aceitável, mesmo andando em regimes mais elevados. Melhor isolamento acústico significa habitualmente mais peso, mas nada disto influenciou o comportamento do Classe A, que continua a ser excelente para um automóvel de tracção dianteira com estas características, embora se sinta que os 136cv possam, por vezes, ser pouco para algumas ultrapassagens mais heróicas.

Felizmente o comportamento da caixa de velocidades foi revisto, estando mais rápida do que no passado, e menos indecisa, situação que deixámos de sentir neste A 200d. Em termos de equipamentos, a Mercedes-Benz dotou este Classe A dos novos conjuntos ópticos em LED (opcional de 1100 euros), que são, muito provavelmente, o melhor investimento que poderá fazer neste modelo em termos de opcionais, graças à significativa melhoria dos feixes de luz gerados pelas ópticas face aos modelos básicos com lâmpadas de halogéneo.

Igualmente presente estão os revistos sistemas de segurança activa, como o Collision Prevention Assist Plus (de série em todos os modelos), que além de permitir evitar colisões a baixa velocidade, permitirá (em alguns países) reduzir a sua apólice de seguro automóvel. Outro sistema de destaque é o ecrã colocado no topo da consola central, que cresceu (agora com 8 polegadas) e já desfruta do novo grafismo introduzido não só no sistema do Classe C, como dos já renovados Classe B, CLA e GLA.

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