Para quem gosta verdadeiramente de conduzir, não existe comparação quando nos dão as chaves de roadster para as mãos. Num automóvel deste género existe sempre uma ligação diferente entre o condutor e a máquina, culpa da baixa posição de condução, da existência de apenas dois lugares (o que é perfeito, pois apenas temos que levar a companhia que desejarmos), um bom motor colocado numa posição mais central, tracção traseira (para uma ou outra brincadeira quando o nosso ocupante o permite) e, claro está, cabelos ao vento (alguns, no meu caso).
É neste ponto que andar de roadster ganha outra dimensão, quando recolhemos a capota e começamos a andar, ficando com a sensação de que os restantes sentidos ganharam momentaneamente vida (alguns menos agradáveis por vezes, como o olfacto). Um claro exemplo do que um roadster deve ser é o brilhante SLK da Mercedes-Benz, um modelo que embora já não seja a última novidade no mercado, ainda está perfeitamente actual e oferece algo mais que nenhum outro roadster dispõe, uma boa motorização a diesel. Quando digo boa, não me refiro a um pequeno bloco de baixa cilindrada por causa das emissões, estou a falar do sobejamente conhecido bloco de quatro cilindros 2.150 que além de oferecer 204cv de potência (afinal já parece interessante?), tem como grande vantagem os 500Nm de binário, disponíveis logo às 1600rpm.
Infelizmente o que parecia ser uma combinação perfeita, este bloco com a caixa automática de sete velocidades, acaba por não ser assim tão vantajoso, pois a caixa, embora funciona de forma perfeita em “modo de passeio”, quando pretendemos imprimir um andamento mais rápido, tem algumas hesitações nas passagens, muito por causa da curta faixa de regime útil típica em qualquer motor turbodiesel (se fosse a gasolina a história seria outra). Isso no entanto não implica que a caixa seja inútil, pois temos sempre o modo manual e as patilhas no volante para sermos nós a mandar na caixa.
Mas a grande novidade deste SLK, face às versões já conhecidas, prende-se com o novo pacote de extras Carbon Look Edition, um optional de €6150 que transforma por completo o interior do SLK de origem, dando-lhe um certo aspecto de exclusividade, devido aos elementos que o constituem. Por fora temos apenas umas elegantes jantes de liga leve AMG de cinco raios com 18 polegadas, que acabam por praticamente obrigar o possível comprador a ter que optar pelo pacote visual AMG (um extra adicional de €4600), caso contrário as jantes parecem perdidas.
Porém, é no interior que este pacote Carbon Look Edition faz a diferença, pois implica a instalação de bancos desportivos aquecidos em pele Confort (com um acabamento “solar-reflective”, algo que não nos pareceu nos dias de sol forte), sistema AIRSCARF (ideal para o inverno, pois mantém o pescoço quente graças a um fluxo de ar constante), AIRGUIDE (deflectores em acrílico colocados atrás dos bancos), e outros elemento decorativos, como os tapetes Carbon Look Edition (com um rebordo verde fluorescente, também presente nos bancos), acabamentos interiores em alumínio escovado e protecções em alumínio anodisado.
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Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 243 km/h |
Capacidade | 2143 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 6,5 s |
Potência | 204 cv (3800 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 500 Nm (1600 rpm) | Urbano (anunciado) | 6,1 |
Transmissão | Extra-urbano (anunciado) | 4,1 | |
Tracção | Traseira | Combinado (anunciada) | 4,9 |
Caixa | Automática de sete velocidades | Emissões CO2 | 128 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Larg. / Alt.) | 4134 / 1810 / 1301 mm | Valor base | €60 504 |
Peso | 1570 kg | Valor viatura testada | €68 564 |
Bagageira | 335 litros | I.U.C. | €249.48 |
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