Lançado originalmente em 2000, o X-Trail original (nem a segunda geração) não tem tido uma vida muito facilitada no mercado nacional, por simplesmente apresentar-se como um SUV puro e duro, distante do apelativo Qashqai, que foi desde o seu lançamento, como que uma galinha de ovos de ouro para a Nissan.
Para tentar colmatar a falha do X-Trail em alguns mercados, a Nissan tinha lançado o Qashqai+2, um modelo maior e com a possibilidade de transportar sete pessoas. Porém, com a actual geração do Qashqai, a Nissan decidiu inverter os papéis, e em vez de lançar uma nova geração para cada modelo/versão, decidiu simplificar tudo e lançar um novo X-Trail que é, no fundo, um Qashqai+2.
O resultado é brilhante, e foram poucas as pessoas que o distinguiram do Qashqai, uma vez que partilham as mesmas linhas, embora nenhum painel exterior seja partilhado com este, culpa da diferença nas dimensões (mais 268mm no comprimento e 105mm na altura). Ainda assim, face à família de SUV, este X-Trail consegue ser mais compacto que os Pathfinder e Patril, e tem a vantagem de poder pagar Classe 1 se optar pela Via Verde.
No interior sente-se uma melhoria significativa na qualidade dos materiais, mas não está ao nível de alguns modelos que a Nissan considera como seus rivais, uma vez que os plásticos rígidos continuam a predominar. O espaço disponível para os ocupantes, por sua vez, é elevado, estando as filas de bancos dispostas em formato de anfiteatro, ou seja, a segunda e terceira fila estão mais elevadas, garantindo assim maior visibilidade aos ocupantes, mas esta solução acaba por roubar algum espaço à ultima fila, sendo estes lugares adicionais apenas recomendáveis a crianças, ou por adultos se o percurso for curto.
Tal como no Qashqai, também o X-Trail pode receber todas as tecnologias da Nissan, como o sistema de infoentretenimento NissanConnect com o seu ecrã táctil de 7 polegadas (mapas com navegação 3D, acesso a apps via Smartphone), e o sistema 360, que permite que um conjunto de câmaras no exterior consigam recriar, no ecrã do NissanConnect, uma visão aérea, algo particularmente útil nos estacionamentos, devido às dimensões do X-Trail na cidade.
Quanto a motorizações, destaque para o 1.6 dCi de origem Renault, que com os seus 130cv garante um comportamento equilibrado, especialmente se tivermos em conta que o X-Trail pesa quase 1600kg. Curiosamente, e embora não seja adeptos de caixas de variação contínua (CVT), tenho que reconhecer o empenho da Nissan em tornar a utilização da nova XTronic bastante agradável e eficaz, duas palavras que nunca associei a uma CVT.
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Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 180 km/h |
Capacidade | 1598 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 11,4 s |
Potência | 130 cv (4000 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 320 Nm (1750 rpm) | Urbano (anunciado) | 5,8 |
Transmissão | Extra-urbano (anunciado) | 4,7 | |
Tracção | Dianteira | Combinado (anunciada) | 5,1 |
Caixa | XTronic de Variação Contínua | Emissões Co2 | 135 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Larg. / Alt.) | 4640 / 1830 / 1710 mm | Valor base | €34 000 |
Peso | 1540 kg | Valor viatura testada | €36 000 |
Bagageira | 445 / 1982 litros | I.U.C. | €174.58 |
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