Mini One 1.2 5P – Versátil e eficaz

Com a chegada do novo Mini de cinco portas, a marca britânica, detida pela BMW desde 2000, tem-se revelado num caso de sucesso, com o constante lançamento de novas variantes que cativam pelo estilo irreverente e jovem das linhas da marca. Com a chegada da terceira geração, os responsáveis da BMW decidiram ajustar o catálogo da marca Mini, optando pela actualização dos modelos de maior sucesso, reforçar outros modelos e descontinuar aqueles que simplesmente não foram muito felizes, como o Mini Paceman.

Bom, mas voltemos ao que interessa, ao novo Mini One de cinco portas. Trata-se de um modelo que pretende assim acabar com a maior crítica apontada ao modelo original de três portas, o espaço para os ocupantes traseiros. Com mais 161 mm de comprimento, que garantem um aumento na distância entre eixos de 72 mm, este modelo tornou-se assim no primeiro Mini One a oferecer a versatilidade de um automóvel normal, não só devido ao espaço como pelo acesso a todos os lugares.

Esteticamente este Mini One pode não convencer à primeira vista, uma vez que o aumento no comprimento parecem deformar a imagem habitual que temos dos Mini, porém, é uma situação temporária, pois à medida que formos descobrindo os elementos estilísticos típicos da marca, rapidamente nos habituamos ao formato. E é inegável que a versatilidade das cinco portas acaba por pesar significativamente se formos o “designated driver” do nosso grupo de amigos nestas agradáveis noites de Verão.

No interior nada de novo, além do já referido aumento do espaço para os ocupantes traseiros. Tornou-se assim possível empurrar (literalmente) os bancos dianteiros para trás, sem receio de amputarmos as pernas aos ocupantes traseiros. De resto temos a destacar o Pack Pepper, um opcional de 1200 euros que adiciona todos os extras que alguma vez precisará, como o kit de espelhos exteriores, banco do passageiro ajustável em altura, pacote de compartimentos de arrumação, faróis de nevoeiro, sensor de chuva e de luz, ar condicionado automático, computador de bordo, pacote de iluminação interior, Rádio Visual Boost, Mini Connect com Mini Excitement Package e Mini Driving Modes, entre outros.

Este último modo, o Mini Driving Modes, é semelhante ao sistema de mudança de modos de condução da BMW, que permite ajustar o comportamento do Mini de acordo com o tipo de condução que desejamos, entre o modo Sport, Normal ou Green. Naturalmente que no primeiro modo temos a garantia de podermos explorar o excelente comportamento do chassis deste Mini, que supreendentemente casa muito bem com a motorização usada.

Trata-se do novo bloco de três cilindros a gasolina com 1.2 litros de cilindrada, que graças à tecnologia da BMW TwinPower Turbo oferece 102cv de potência e uns prestáveis 180Nm de binário, mais do que suficiente para garantir uma resposta surpreendentemente boa para um motor com tão baixa cilindrada. É certo que somos obrigados a ter que recorrer à caixa de velocidades mais vezes do que poderia desejar se tiver como termo de comparação o Mini Cooper S testado anteriormente, mas a realidade é que tendo em conta as características técnicas, bem os baixos consumos registados (facilmente circulamos com 5,5 l/100km em cidade), é muito difícil pedirmos mais a este bloco. E basta manter o motor acima das 2000 rpm para podermos garantir aquele comportamento “Go Kart” que sempre foi tão característico dos Mini, mesmo neste formato de cinco portas.

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