Mercedes-Benz C200 Coupé – Elegância Germânica

Recentemente afirmei que o Lexus RC, na sua versão F-Sport, é o coupé mais elegante e atraente do segmento, afirmação essa que poderá estar em risco com a chegada da versão Coupé do novo Classe C da Mercedes-Benz. E o que tem o gigante alemão do grupo Daimler em seu favor com o novo coupé? Simples, a inspiração do brilhante Mercedes-AMG GT, em especial na secção traseira, com a linha do tejadilho a descer de forma suave com o pilar C junto ao compartimento da mala, sendo este complementado pela aplicação de um discreto spoiler devido à forma da parte superior da tampa deste compartimento.

Apesar de não recorrer à pintura Designo (Cinzento Selenite Magno) como usada na viatura diesel (C250d Coupé) do parque de imprensa, esta versão (C200 Coupé) a gasolina vinha equipada com um mais tradicional cinzento prata metalizado, o que conferia ao modelo em questão um visual claramente inspirado em modelos desportivos, como se estivéssemos perante um autêntico Silver Arrow.

Naturalmente que este resultado foi influenciado pelo pacote opcional AMG, que reforça o visual com a aplicação de para-choques desportivos, grelha em formato diamante, suspensão desportiva e umas elegantes jantes AMG de 18 polegadas de cinco raios e cor titânio. A contribuir para o visual elegante encontra-se o tecto de abrir panorâmico em vidro, um extra de 1799 euros e os faróis em LED, outro extra de 1050 euros, mas que compensa largamente face à solução de origem, que recorre às datadas lâmpadas de halogéneo.

No interior destaque para o conhecido desenho das restantes versões Classe C em comercialização, como a Berlina, a Station e o futuro Cabriolet, onde a volumosa consola central e a agradável ergonomia estão presentes, bem como os menos agradáveis acabamentos em plástico dos mesmos, que teimam em revelar uma ligeira sensação de fragilidade em situações de pisos mais degradados, sendo esta sensação fruto da rigidez da suspensão desportiva do Pack AMG.

Igualmente presente está o painel do sistema de infoentretenimento, desta vez o modelo básico Audio 20CD reforçado pela presença do sistema de navegação Garmin MAP PILOT, mais um extra de 1150 euros, sem esquecermos da presença da possibilidade de poder ligar dispositivos através das portas USB ou Aux para reprodução de conteúdos multimédia no sistema, ou usar a ligação Bluetooth, ideal para streaming de música ou atender as chamadas telefónicas. De resto temos um interior muito agradável, sendo os lugares traseiros, embora de acesso difícil, bastante agradáveis e surpreendentemente espaçosos, especialmente para as pernas.

Em termos de motorização, tal como já foi referido, este modelo ao contrário do modelo disponibilizado à maioria dos meus colegas, vinha equipado com uma motorização a gasolina, o que permitiu desfrutar deste Classe C Coupé de forma diferente, pois além do visual atraente, tive ao meu dispor um automóvel livre do tradicional ruído e vibração proporcionado pelo já “velhinho” motor 2.1 diesel, que apesar de tudo continua a ser dos mais eficazes em termos de consumo.

Neste caso em concreto o motor usado foi um 2.0 turbo de quatro cilindros, capaz de debitar 184cv às 5500 rpm e um binário máximo de 300Nm, disponível logo às 1200rpm. Associado a uma caixa automática de sete velocidades 7G-Tronic Plus (a de 9 velocidades é exclusiva para as versões diesel), a Mercedes-Benz anuncia consumos particularmente interessantes, e que na realidade não estiveram muito longe da realidade, desde que utilizasse o modo de condução económica no sistema DINAMIC SELECT.