A União Europeia planeia reduzir o valor de emissões de veículos novos em 65% para modelos fabricados a partir de 2030, e banir completamente a venda de veículos com motor a combustão a partir de 2035. Esta medida está a ser contestada por alguns governos, como o de Emmanuel Macron, a afirmar que pretende estender a data de proibição de venda de automóveis com motor a combustão até ao final da década, e que seja permitido a venda de veículos Plug-In durante mais anos.
Porém, é o governo de Mario Draghi quem está mais contra a proposta, tendo o Ministro da transição ecológica Italiano, Roberto Cingolani, que propôs à União Europeia a criação de excepções para fabricantes de supercarros como a Ferrari, Lamborghini e Pagani, já que estes representam um nicho no mercado, por terem um volume de produção tão limitado face ao gigantesco volume do restante mercado automóvel europeu.
Esta proposta terá que ser discutida junto dos estados membros do Parlamento Europeu, processo esse que poderá demorar até dois anos, mas enquanto surgem vozes a favor da mesma, como o Presidente da Associação Europeia de Fabricantes Automóveis, Oliver Zipse, existem já vozes contra a mesma, como é o caso do CEO da Porsche, Oliver Blume.
Segundo este, “todos têm que contribuir”, e que esta excepção não faz sentido, até porque “os eléctricos serão imbatíveis na próxima década”. Uma coisa é certa, tanto a Lamborghini como a Ferrari acreditam que o futuro é eléctrico, razão pelo qual já estão a efectuar a transição, com a Lamborghini a anunciar o lançamento de variantes Plug-In para todos os seus modelos em 2024, e o anúncio de que ambos os fabricantes deverão lançar modelos 100% eléctricos entre 2025 e 2030.