Depois de uma época atribulada em que esteve ligada ao grupo Ford, a Mazda parece ter renascido das cinzas com a introdução do programa Skyactiv, que transformou por completo a orientação da marca. Depois do CX5 e do novo Mazda 6, chega-nos a vez do Mazda 3 chegar à sua terceira geração e sofrer uma verdadeira transformação. Utilizando a linguagem de estilo Kodo, o novo Mazda 3 é bem mais agradável que a geração anterior, com uma frente muito agressiva onde predomina a grelha e os faróis rasgados com LED para as luzes diurnas, acabando numa traseira simples mas muito agradável, com os farolins traseiros a receberem também LED para uma iluminação mais eficaz e uniforme.
Mas o programa Skyactiv não se fica apenas pelo design, também implica um reforço da estrutura, novos motores e caixas de velocidade, tudo em prol da eficiência e prazer de condução. Infelizmente, neste campo o Mazda 3 falha redondamente visto só estar disponível com a motorização Skyactiv-G de 1.5 a gasolina com 100cv. À primeira vista esta poderia ser uma motorização interessante, capaz de oferecer um desempenho adequado e bons consumos (visto que utiliza os sistemas i-Stop e i-Loop de regeneração de energia), mas na realidade os consumos medidos estão longe dos anunciados e o seu desempenho está longe de impressionar, obrigando o condutor a ter que manter o motor acima das 4000 rpm para poder ter alguma força disponível.
Entrando dentro do Mazda 3 somos surpreendidos com o melhor interior da marca, por dispor de uma qualidade de construção elevada e excelente ergonomia, com tudo colocado no sítio certo. Só é pena as portas terem uma pequena bolsa onde só cabe uma garrafa de água. O painel de instrumentos é muito agradável com um velocímetro analógico central e dois ecrãs de lado para as restantes funções, e um ecrã táctil de 7 polegadas colocado no topo da consola central (à semelhança de um Audi A3), que diga-se de passagem, ficou melhor enquadrado que o sistema usado no Mazda6 e CX5. Este ecrã pode ser igualmente manobrado utilizando um comando rotativo e inclinável (semelhante ao iDrive da BMW) que permite navegar sobre os agradáveis menus deste sistema de infoentretenimento.
A navegação, um extra de €400, pode utilizar os dados do seu Smartphone para permitir aceder a informações de trânsito em tempo real, mas foi com o MZD Connect que ficámos surpreendidos, devido à possibilidade de aceder a aplicações que tiram partido da ligação à Internet, como acesso a publicações no Twitter e Facebook, estações de rádio online, entre outras.
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[toggles behavior=”toggle”] [toggle title=”Ficha Técnica”]
Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 182 km/h |
Capacidade | 1496 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 10,8 s |
Potência (combinada) | 100 cv (6000 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário (combinada) | 105 Nm (4000 rpm) | Cidade (anunciado) | 6,5 |
Transmissão | Estrada (anunciado) | 4,3 | |
Tracção | Dianteira | Média (anunciada) | 5,1 |
Caixa | Manual de 6 velocidades | Emissões Co2 | 119 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 4,46 / 1,45 / 1,79 m | Valor base | €18 200 |
Peso | 1190 Kg | Valor viatura testada | €22 650 |
Bagageira | 350 / 1350 litros | I.U.C. | €131.40 |
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