Já tive a oportunidade de experimentar diversas versões do novo Smart, mas faltava aquela que reúne os elementos que mais aprecio num automóvel, elevado desempenho e capota removível. Estou naturalmente a falar no Smart ForTwo Cabrio Brabus, perfeito para o calor que se tem feito sentir nos últimos tempos.
Se já conhecíamos as vantagens da versão Cabrio face ao ForTwo Coupé, que permite não só recolher toda a capota como remover os pilares superiores, que podem ser armazenados num compartimento específico, este modelo destaca-se por incluir diversos elementos estéticos que reforçam o visual desportivo, visto tratar-se de uma versão Brabus “a sério”.
Esteticamente este modelo destacou-se pelo uso de uma pintura em mate, pelas impressionantes jantes de 16 polegadas Brabus Monoblock IX com acabamento mate, difusor traseiro em cinzento mate com as duas ponteiras de escape cromadas do sistema de escape desportivo Brabus e pela inclusão do pacote de luzes LED e sensores, um dos elementos de série estreados na nova linha Brabus Xclusive.
Internamente este modelo recebe novos bancos desportivos aquecidos com revestimento em pele e pele perfurada com costuras específicas em cinza, painel de instrumentos e tablier com combinação de pele sintética e tecido, mostrador adicional com relógio e conta-rotações, tapetes Brabus, entre outros. Este modelo vinha ainda equipado com o sistema de infoentretenimento composto pelo ecrã táctil de 7 polegadas e sistema de som JBL com tweeters e subwoofer.
Em termos dinâmicos, a Brabus reforçou o chassis com uma suspensão desportiva Brabus Performance, que consegue ser até 20% mais rígida que a suspensão desportiva Brabus disponível como opcional nos restantes modelos, pela aplicação de uma barra estabilizadora no eixo dianteiro e pela reconfiguração do sistema ESP, que se torna agora mais permissivo, fundamental para se tirar melhor partido de todo o conjunto.
Falta falar o ponto fulcral deste modelo, a motorização. Mantendo-se fiel ao pequeno bloco de 898 cm3 sobrealimentado, este garante um total de 109 cavalos de potência e 170 Nm de binário máximo, que em conjunto com a caixa de dupla embraiagem Twinamic, devidamente adaptada, permite atingir os 100 km/h em 9,5 segundos, um valor fulminante para um automóvel tão pequeno.
O resultado é um pequeno automóvel que surpreende pela excelente disponibilidade, especialmente quando usada a caixa em modo manual com as patilhas colocadas no volante, visto que a caixa, mesmo com a nova configuração continua a ser alto incerta, sendo algo lenta a reagir em modo económico (perfeita para uma condução normal), e algo bruta em modo desportivo. De resto, este modelo peca apenas pelo elevado preço pedido, muito embora seja o citadino mais divertido e rápido (de série) que experimentei nos últimos tempos.
Ficha Técnica
Motor | Prestações | ||
Tipo | Três cilindros em linha | Velocidade Máxima | 180 km/h |
Capacidade | 898 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 9,5 s |
Potência | 109 cv (5750 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 170 Nm (2000 rpm) | Urbano (anunciado) | 5,2 |
Transmissão | Extra-urbano (anunciado) | 4,3 | |
Tracção | Traseira | Combinado (anunciada) | 4,6 |
Caixa | Dupla Embraiagem de seis velocidades | Emissões CO2 | 104 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Larg. / Alt.) | 2695 / 1665 / 1543 mm | Valor base | €24 190 |
Peso | 995 kg | Valor viatura testada | €28 570 |
Bagageira | 185 / 975 litros | I.U.C. | €98.80 |