Tal como ocorreu com o Mazda 3, também o Mazda 6 recebeu uma renovação de meio ciclo, que embora tenha alterado pouco a nível estético, melhorou bastante em termos de detalhes que tornaram toda a experiência de condução e a bordo bem melhor. Em termos visuais, o facto de não ter sido mexido permite manter o excelente design, que recorre à linguagem KODO (alma do movimento), que continua a conferir ao Mazda 6 um dos visuais mais dinâmicos e fluído do segmento, com a estranha vantagem de ser mais espaçoso que a carrinha, ao oferecer mais 80 mm de distância entre eixos.
No interior as alterações são, visualmente, poucas, mas o seu todo permite melhorar, significativamente, o conforto e a experiência de condução. O head-up display é um dos pontos alterados, que recebem novo grafismo e aumento de resolução, tornando-se mais visível em plena luz do dia, uma melhoria notória, mas que acaba por não ser tão eficaz quanto os sistemas que projectam no próprio pára-brisas, devido à colocação do visor difusor estar tão baixa, colocando-se num ângulo de visão que tem, como fundo, a zona do sistema de escovas do limpa pára-brisas.
Igualmente melhorado foi o ecrã do sistema de infoentretenimento, de 4,6 polegadas, que registou uma forte melhoria em termos de rapidez de funcionamento, embora continue limitado às funcionalidades instaladas, não sendo possível usar o seu dispositivo móvel emparelhado no sistema, como as soluções MirrorLink, Apple CarPlay ou Android Auto. Ainda não foi desta.
Onde o Mazda 6 melhorou de forma mais significativa foi no funcionamento do motor, embora isto só seja notório quando o conduzimos. Para tal, o motor 2.2 SKYACTIV-D recebe três novos sistemas para tornarem o motor mais silencioso, gerar menos vibrações e melhorar o som produzido. Através do sistema Natural Sound Smoother, o 2.2 SKYACTIV-D recebe um elemento metálico no interior dos êmbolos, que reduz as vibrações geradas durante o momento de explosão da mistura de ar/combustível. Com o sistema Natural Sound Frequency, este consegue neutralizar as ondas de pressão geradas pelo momento de explosão, reduzindo efectivamente as vibrações.
Por fim temos o sistema High-Precision DE Boost Control, que regula de forma mais precisa a actuação do turbo, melhorando assim a resposta do pedal do acelerador. Com tudo isto, esta motorização 2.2 SKYACTIV-D de 175 cavalos consegue torna-se no motor diesel de quatro cilindros mais suave e com a melhor sonoridade que experimentei até hoje, gerando uma sonoridade mais semelhante ao anterior motor de cinco cilindros da Volvo do que qualquer outro motor diesel de quatro cilindros.
Além da sonoridade, também o desempenho parece ser melhor que as anteriores versões Mazda 6 equipadas com este motor, sendo apenas menos visível, em termos de dados técnicos, uma ligeira perda pelo facto de estarmos perante um modelo equipado com a eficaz caixa automática SKYACTIV-Drive, de seis velocidades. Esta caixa, de actuação tradicional (com conversor de binário) acaba por prejudicar ligeiramente na aceleração e nos consumos, mas os ganhos em termos de conforto são notórios, especialmente em percursos citadinos. Infelizmente tem um custo algo elevado, quase 3900 euros.
Ficha Técnica
Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em Linha | Velocidade Máxima | 216 km/h |
Capacidade | 2191 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 8,4 s |
Potência | 175 cv (4500 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 420 Nm (2000 rpm) | Cidade (anunciado) | 6,0 |
Transmissão | Estrada (anunciado) | 4,2 | |
Tracção | Rodas dianteiras | Média (anunciada) | 4,8 |
Caixa | Automática de seis velocidades | Emissões Co2 | 127 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 4870 / 1450 / 1795 mm | Valor base | €35 158 |
Peso | 1500 Kg | Valor viatura testada | €49 991 |
Bagageira | 474 litros | I.U.C. | €252.47 |