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Portugueses gastaram 926 mil euros por hora em apostas online

Segundo dados revelados pelo SRIJ (Serviço de Regulação e Inspecção de Jogos), nos primeiros nove meses do ano, os portugueses gastaram mais 46.8% em apostas online, que em período homólogo. No total, até ao final de Setembro, foram gastos 6.073 milhões de euros, o que corresponde a uma impressionante média de 926 mil euros por hora.
Desses números, 1.025 milhões de euros são referentes às apostas online desportivas, que cresceram 55.6% face ao mesmo período em 2020, uma vez que as competições desportivas só este ano foram retomadas, depois de terem estado paradas durante a pandemia. Porém, também os jogos de fortuna ou azar, como os do 20Bet, cresceram significativamente, em 45.1%, num total de 5.041 milhões de euros.
Em termos de receita bruta dos operadores (legalizados em Portugal), onde os montantes dos prémios são abatidos ao valor das apostas, correspondem a 186.3 milhões de euros até ao final de Setembro no caso das apostas desportivas, enquanto a receita bruta dos jogos de fortuna ou azar soma 181.1 milhões de euros. Isto permitiu ao Estado arrecadar 127.4 milhões de euros em impostos (IEJO – Imposto Especial sobre o Jogo Online), valor esse que em nove meses superou os 108.2 milhões de euros correspondentes a todo o ano de 2020.
Em termos de preferências durante o terceiro trimestre de 2021, nas apostas desportivas o Futebol continua a dominar com 82.1% do total de apostas, sendo seguido pelo Ténis, com 13.29%. Já no caso dos jogos de fortuna ou azar, são as máquinas de jogo que continuam a dominar com 77.57% do total das apostas, sendo seguidas pela Roleta Francesa (9.83%), Blackjack (5.22%), Banca Francesa (3.85%), Póquer não bancado (2.55%) e Póquer em modo torneio (0.96%).
O que também cresceu foi a introdução de operadores ilegais de jogo online, tendo sido emitidas 48 notificações para encerramento durante o terceiro trimestre de 2021, tendo os ISP’s sido notificados para o bloqueio de 131 páginas de operadores ilegais de jogo online. Segundo a SRIJ, os principais riscos de apostar em operadores ilegais está na inexistente protecção de menores, protecção de grupos mais vulneráveis, na inexistência de mecanismos de prevenção e combate de fenómenos de adição, na falta de prevenção e combate à viciação de apostas e manipulação de resultados, bem como na falta de prevenção e combate à fraude e fenómenos de branqueamento de capitais.