Lembra-se daquela letra que diz “Coimbra tem mais encanto na hora da despedida?” Essa letra não me saiu da cabeça durante os quatro dias de ensaio ao Brabus Red Edition, uma espécie de última edição exclusiva e limitada para o (ainda) actual Smart ForTwo, isto enquanto não chega os novos Smart. Baseando-se no formato coupé (embora tivesse equipado com tecto panorâmico), este Smart é, a par do BoConcept, a versão mais bonita que testei da actual geração do ForTwo.
Por fora temos um conjunto de aplicações específicas por se tratar de uma versão Brabus Xclusive, como pára-choques desportivos com luzes LED diurnas integradas, umas lindíssimas jantes de liga leve de 17 polegadas Brabus Monoblock VI, conjuntos ópticos de fundo escurecido, célula de segurança TRIDION em vermelho júpiter (€275), suspensão desportiva Brabus que rebaixa o chassis (o que contribui bastante para o surpreendente comportamento deste ForTwo), os obrigatórios distintivos Brabus e um pára-choques traseiro com difusor e dupla saída de escape central com ponteiras cromadas.
O resultado é um Smart que consegue dar nas vistas sem grande esforço. Por dentro também existem bastantes opções que reforçam a exclusividade deste modelo, como o já referido tecto panorâmico, ar condicionado, instrumentos (relógio e conta-rotações), estofos em pele com símbolo Brabus na zona de apoio de cabeça, vidros eléctricos, alavanca de velocidades Brabus em pele e alumínio, travão de mão Brabus em alumínio, pedais desportivos Brabus em aço inoxidável, tapetes de veludo Brabus e painel de instrumentos forrado em pele com pospontos vermelhos. O que não me agradou tanto foi o facto de se tratar de uma versão tão equipada e tão cara e não contar com a presença de um rádio mais avançado, e de um sistema de som que não o básico, uma vez que a solução intermédia (composta por dois tweeters, dois altifalantes de médios e um subwoofer) custa apenas €300 e tem um desempenho que é significativamente superior ao oferecido pela solução básica.
Relativamente à motorização, este ForTwo contou com a presença do tricilíndrico turbo de 102cv e 147Nm de binário, que garantiu um desempenho que nunca tinha presenciado num Smart ForTwo, nem achava ser possível existir. Este motor, que aliado ao baixo peso do Smart demonstrou ser bastante nervoso, garantiu muitos sorrisos ao volante, mas implicou uma mudança total na forma de condução face a um automóvel tradicional, pois as limitações a nível de comportamento dinâmico, embora melhorados graças às enormes jantes e suspensão desportiva rebaixada, acabam por se fazer sentir com bastante facilidade, graças à extrema rapidez com que este Smart conseguia atingir velocidades proibitivas.
Por se tratar de um motor a gasolina com bastante margem na gama de rotações, foram raras as vezes que senti grandes dificuldades com a utilização da tradicional caixa manual robotizada de cinco velocidades, uma vez que era possível utiliza-la de forma manual, eliminando quase por completo o típico solavanco sentido durante as passagens de mudanças em modo automático. E com este ensaio nos despedimos da actual geração do Smart ForTwo e aguardamos, com bastante curiosidade, sobre como se comportará a nova geração, que tem tudo para manter o sucesso que a família Smart tem tido desde o seu lançemento em Portugal.
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Motor | Prestações | ||
Tipo | Três cilindros em linha turbo | Velocidade Máxima | 155 km/h |
Capacidade | 999 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 8,9 s |
Potência | 102 cv (6000 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 147 Nm (2500 rpm) | Urbano (anunciado) | 6,4 |
Transmissão | Extra-urbano (anunciado) | 4,4 | |
Tracção | Traseira | Combinado (anunciada) | 5,2 |
Caixa | Manual robotizada de 5 velocidades | Emissões Co2 | 119 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Larg. / Alt.) | 2,69 / 1,56 / 1,56 m | Valor base | €18 300 |
Peso | 870 Kg | Valor viatura testada | €25 535 |
Bagageira | 220 / 340 litros | I.U.C. | €98.80 |
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