Se, tal como eu, acha que o Renault Clio merecia uma versão intermédia mais potente, mas não necessita, para o dia-a-dia de um Clio R.S., saiba que encontrará no Clio GT a versão que sempre desejou. Mas não livre de problemas…
Começando pelo visual, o Renault Clio GT tem uma aparência bastante atraente, graças aos para-choques novos, de desenho desportivo, que conferem um visual bem mais agressivo, talvez até mais bem conseguido que o existente no Clio R.S.
À frente temos uma entrada de ar central de enormes dimensões, acompanhada por duas falsas entradas de ar laterais, que servem somente para alojar o sistema de iluminação diurna por LED. Este, tal como no Clio R.S., foi deslocado do centro da grelha para os cantos inferiores da dianteira, para reforçar, visualmente, o aspecto desportivo deste modelo.
Atrás, destaque para o spoiler traseiro no topo da tampa da bagageira, e um difusor traseiro, de cor cinza, que aloja a dupla saída de escape. Para finalizar o aspecto desportivo deste modelo, só resta referir as capas dos espelhos retrovisores em cinza, e as jantes de liga leve de 17 polegadas, que vinham equipadas com uns eficientes Michelin Primacy 3 de medidas 205/45 R17.
Internamente destacam-se os bancos desportivos com decoração específica e logótipo GT nos encostos de cabeça, volante desportivo igual ao do Clio R.S. e o sistema R.S. Drive, que permite activar o modo desportivo, transformando o comportamento desde Clio. Premindo este botão, a cartografia da caixa, o comportamento do ESP, a precisão da direcção e a resposta do pedal do acelerador transformam-se por completo, sendo que este activa o menu R.S. Monitor 2.0.
Esta solução, visualizada através do ecrã táctil do sistema R-Link, transforma-se na ferramenta de telemetria integrada ideal para qualquer automóvel desportivo, ao permitir monitorizar diversos parâmetros como o tempo de aceleração, gráfico de forças G, regime do motor (binário, potência, ângulo do volante), temperaturas do óleo, pressão do ar no colector, podendo ainda usar a entrada USB para transferir mapas de circuitos e criar configurações específicas de todos os parâmetros através de uma Pen USB.
Em termos de motorização, o Clio GT vem equipado com o novo 1.2 TCe de quatro cilindros, que recorrendo a um sistema turbocompressor com intercooler integrado e sistema de injecção directa garante 120cv de potência e 190Nm de binário, o que só por si já é sinónimo de diversão num chassis eficaz como este, que foi optimizado pela Renault Sport. Infelizmente (para mim), este motor está disponível apenas associado à caixa de dupla embraiagem EDC, o único elemento que pode, em certas ocasiões, estragar a diversão com passagens de caixa absurdas.
Felizmente que através do R.S. Drive, e das patilhas colocadas atrás do volante, o comportamento da caixa pode torna-se bem mais rápido, porém continuam a existir ocasiões em que esta teima em não reduzir quando preciso, acabando por interferir mais vezes que o desejado. Tirando isto, é um automóvel simples, acessível e extremamente divertido de conduzir, desde que tenhamos uma estrada que permita tirar total partido do trabalho realizado pela Renault Sport no chassis do mesmo.
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Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 199 km/h |
Capacidade | 1197 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 9,4 s |
Potência | 120 cv (4900 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 190 Nm (2000 rpm) | Cidade (anunciado) | 6,6 |
Transmissão | Estrada (anunciado) | 4,4 | |
Tracção | Dianteira | Média (anunciada) | 5,2 |
Caixa | Dupla Embraiagem de seis velocidades | Emissões Co2 | 120 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 4063 / 1732 / 1448 mm | Valor base | €20 780 |
Peso | 1154 Kg | Valor viatura testada | €21 800 |
Bagageira | 300 litros | I.U.C. | €131.90 |
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