Secções

Notícias

Ensaios

Ensaios

Volvo XC60 D4 FWD Geartronic 8v

Os SUV continuam a ser, para mim, uma espécie de cruzada. Não consigo entender por que razão um veículo destas dimensões com uma altura ao solo tão grande faça sentido para quem realiza grande parte (senão mesmo todos) dos percursos em cenários urbanos e auto-estradas. É certo que Lisboa é a cidade das sete colinas, e que algumas ruas mais parecem retiradas de um cenário de guerra com autêntica trincheiras a separar blocos de asfalto, mas isso não é o suficiente para achar que um Volvo XC60 faça mais sentido do que uma V60 ou V70.

Reconheço que o XC60 é senhor de uma posse algo aristocrática, algo que não ocorre com uma V60, por exemplo, e que oferece aos seus ocupantes espaço de sobra e um conforto invejável. Ok, reunindo todos os argumentos até começo, aos poucos, a achar que afinal a compra de um XC60 poderá fazer algum sentido. Se a estes argumentos juntarmos as recentes alterações estéticas que a Volvo realizou recentemente no XC60, este ficou agora ainda mais bonito e com um aspecto mais dinâmico (sim, um SUV pode ser dinâmico), que com a grelha maior e as luzes diurnas em LED agora nos extremos do para-choques, ficamos com a impressão do XC60 ser ainda mais largo.

No interior as mudanças são mínimas, destacando-se os novos materiais disponíveis para a personalização do interior, o novo painel de instrumentos digital e novo sistema de áudio, que neste caso específico era composto pelo Sensus Connect com Premium Sound (€984), ou seja, um sistema de som de alto desempenho criado em parceria com a Harman Kardon com um amplificador 5×130 Watts e ecrã de 7 polegadas colorido para controlar todas as funções. Os bancos continuam a ser verdadeiras poltronas (quais Divani & Divani…) que garantem um conforto que quase me convence de que afinal o XC60 poderá ser mais interessante que uma V70.

Porém, para quem como eu ainda não esteja convencido, falta referir a cereja no topo do bolo, o novo motor D4 que perde um cilindro, perde capacidade mas aumenta a potência e reduz os consumos. Confuso? É fácil de explicar, trata-se da nova motorização DRIVE-E de dois litros de cilindrada e quatro cilindros (o anterior D4 utilizava um 2.5 de cinco cilindros) que, graças a um conjunto de diversas tecnologias, incluindo a nova caixa automática de dupla embraiagem (Geartronic 8v de €2 945), aumentou a potência para uns apetecíveis 181cv e o binário para os 400 Nm, disponíveis logo às 1750 rpm.

Para tal foi fundamental o aperfeiçoamento do sistema Stop&Start, sistema de regeneração de energia e injecção Common-Rail de última geração com tecnologia i-ART, onde a pressão de cada injector (até 2500 bar) é controlada individualmente. O resultado é um motor com uma resposta mais rápida e linear, ao mesmo tempo que garante consumos inferiores sem precisarmos de perder o ritmo, mesmo em cidade. Só é pena ter perdido a melodia do antigo cinco cilindros.

[fancygallery id=”2″ album=”30″]

[toggles behavior=”toggle”] [toggle title=”Ficha Técnica”]

Ficha Técnica

MotorPrestações
TipoQuatro cilindros em linhaVelocidade Máxima210 km/h
Capacidade1969 ccAceleração (0-100 km/h)8,5 s
Potência181 cv (4250 rpm)Consumos (litros/100 km)
Binário400 Nm (1750 rpm)Cidade (anunciado)
TransmissãoEstrada (anunciado)
TracçãoDianteiraMédia (anunciada)4,7
CaixaAutomática de dupla embraiagem de 8 velocidadesEmissões Co2124 g/km
ChassisPreço
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.)4,64 / 1,71 / 1,89 mValor base€45 380
Peso1854 KgValor viatura testada€55 625
Bagageira495 / 1455 litrosI.U.C.€249.48

[/toggle] [/toggles]