Estivemos em Zurique, Suíça, a convite da Volkswagen para conhecer e conduzir aquele que é o primeiro PHEV da gama, o Golf GTE.
A transição dos motores a combustão para os blocos eléctricos ou híbridos está a chegar a cada vez mais modelos automóveis utilitários do segmento B. Agora chegou a vez da Volkswagen apresentar a sua proposta para este segmento, o Golf GTE.
O histórico utilitário da VW é o primeiro automóvel da marca a receber uma motorização PHEV (plug-in hybrid electric vehicle), ou seja, um carro eléctrico que se carrega com uma ficha e que tem um funcionamento híbrido, aliando o motor de combustão ao eléctrico.
A bateria do GTE demora 3:45 horas a carregar na totalidade a partir de uma tomada doméstica, mas há uma opção mais rápida: nas estações de carregamento público o tempo baixa para as 2:15 horas.
MOTORIZAÇÕES
Em específico, o GTE tem uma unidade eléctrica de 75kW que corresponde a 102 cavalos de potência. Este motor eléctrico é accionado assim que ligamos o GTE, ficando o carro a funcionar de forma automática no E-Mode, um modo totalmente eléctrico. A este junta-se um motor turbo a gasolina de injecção directa de 150 cavalos, o 1.4 TSI.
Os responsáveis da Volkswagen dizem que este modelo é a personificação de um «carro desportivo cruzado com um PHEV). Apenas no modo eléctrico, o Golf GTE pode atingir os 130Km/h de velocidade máxima e percorrer cerca de 50Km. Aliado ao motor a gasolina, este automóvel pode chegar aos 222Km/h, com uma autonomia combinada de quase mil quilómetros (939, para sermos mais precisos).
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Com o GTE seria possível, em Portugal, ir de Caminha a Sagres (um percurso de quase 700Km) e ainda seguir para Beja, tudo isto apenas com um depósito cheio e uma bateria no máximo. Isto seria possível, em teoria, pois a VW garante que o consumo médio do Golf GTE é de 1,5 litros/100 km.
Apesar de ser um PHEV, o Golf GTE tem um modo Sport, onde o foco da condução passa na totalidade para o TSI 1.4 de 150 cavalos. Contudo, sempre que travamos ou levantamos o pé do travão, especialmente em descidas, a energia eléctrica é regenerada.
Além deste modos principais de condução, há ainda outras opções inteligentes de criação e preservação de energia no GTE: o HOLD mantém a bateria sempre carregada; o HYBRID AUTO faz um uso balanceado dos dois motores, consoante a condução; e o CHARGE carrega a bateria em movimento, com o apoio do motor a gasolina.
EXTERIOR
O design exterior do Golf GTE não mudou muito em relação à versão base deste modelo da Volkswagen: existem alguns apontamentos a azul no chassis, bem como os travões que se vêm entre os raios das jantes de 18 polegadas, e luzes diurnas LED no pára-choques num estilo de ‘C’ invertido. Na frente, o logo da Volkswagen abre-se com um click para mostrar a tomada do motor eléctrico.
INTERIOR
No habitáculo, o tablier está bem composto, com um ecrã táctil de 6,5 polegadas onde todas as funções de gestão do veículo e de entretenimento podem ser controladas. Entre o velocímetro e o contador de rotações está um pequeno ecrã onde toda esta informação surge de forma mais condensada, embora com recurso a gráficos a cores.
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Todo o ambiente é ainda dominado por uma luz azul e ainda por um detalhe que não combinada nada bem com o aspecto desportivo e actual do GTE: os padrões dos bancos em xadrez, completamente datado e fora do contexto que seria de esperar num automóvel tão atractivo como este.
GTE EM PORTUGAL
O Golf GTE chega a Portugal no final do ano, mas a empresa ainda não revelou preços. Contudo, já surgiram algumas indicações de valores para a Alemanha: 36 900 euros. Se isto se confirmar, é natural que o preço do GTE em Portugal possa chegar aos 40 mil euros.
CONDUÇÃO
Durante a tarde de condução que tivemos em Zurique, num percurso de cidade, autoestrada e montanha à volta do lago Zürichsee, tivemos um GTE muito seguro e com respostas muito rápidas às nossas solicitações. A passagem do motor eléctrico para o de combustão (e vice-versa) é muito suave e quase imperceptível.
No percurso de montanha, o GTE surpreendeu-nos: com uma motorização híbrida, aqui o carro revelou-se um verdadeiro desportivo, com passagens de caixa automáticas sem soluços e com travões e direcção a corresponderem ao desafio.
1 comentário
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Isto é quando o Híbrido começa a fazer sentido.
Desportivo e poupado
Mas discordo dos bancos. Toda a gama GT tem estes bancos (os restantes com a risca em vermelho) para lembrar os antigos gti’s e ficam espetaculares ao vivo!