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Solar Impulse atravessa o Oceano Atlântico sem consumo de combustíveis fósseis

O Solar Impulse, um avião que funciona exclusivamente com energia solar, aterrou em Sevilha às primeiras horas do dia de hoje, depois de demorar três dias e algumas horas, vindo de Nova Iorque. O momento foi de grande emoção, por se completar a primeira travessia do Oceano Atlântico sem consumo de combustíveis fósseis, apenas dependente de energia solar.

O local da aterragem foi escolhido propositadamente por se tratar de uma região que tem privilegiado a energia solar como caminho de futuro. O Solar Impulse é a prova de que a mudança é possível, graças ao apoio de diversos parceiros, como a Solvay, que foi o primeiro parceiro do projecto, desde 2004, tendo sido uma das empresas responsáveis pela leveza e eficiência do avião, minimizando o seu peso com materiais ultra-robustos e simultaneamente ultra-leves, e maximizando a capacidade de armazenagem de energia das baterias, para que pudessem alimentar o voo mesmo durante a noite.

Na conferência de imprensa que se seguiu à aterragem, os pilotos Bertrand Piccard e André Borschberg não conseguiam esconder o grande entusiasmo com o sucesso da viagem, que representa um passo pioneiro na eliminação de emissões de CO2, na mobilidade, com energia renovável a tornar-se uma opção real e eficiente.
Para Piccard, “este é um mundo novo de novas tecnologias, podemos abraçar o desconhecido com experiências pioneiras”. Borschberg salientou a centralidade da energia: “o nascer do sol providencia energia para se voar 24 horas por dia, quase para sempre. Produzimos energia e temos de a armazenar, de forma muito eficiente”.

O futuro está mesmo nas asas deste avião, como se notou nas palavras de Claude Michel, responsável da Solvay para esta parceria. Michel destacou o desempenho extraordinário do avião, e a combinação de leveza e eficiência: “envolvemo-nos num esforço para encontrar soluções mais leves, com tecnologia limpa. Porquê? Porque, sempre que pomos alguma coisa em movimento, quanto mais leve for, melhor será para o ambiente”.

Os detalhes técnicos do avião falam por si, com os 72 metros de envergadura das asas integrando materiais compósitos muito parecidos com papel, com uma resistência e leveza inacreditáveis. Para a Solvay, estas inovações, desenvolvidas primeiro para o Solar Impulse, tornaram-se também já realidade, por exemplo na indústria automóvel. O sucesso da expedição deixa uma certeza: as tecnologias limpas representam novos negócios, novos empregos e novos rendimentos. São uma aposta para todos.

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