Filipe Albuquerque, João Barbosa e Christian Fittipaldi vencem 24H de Daytona
A primeira prova de resistência do campeonato norte-americano de resistência terminou com o domínio do Cadillac DPi da Mustang Sampling Racing, conduzido por três pilotos que falam a língua de Camões.
As 24 Horas de Daytona, a primeira prova para o campeonato norte-americano de resistência (IMSA WeatherTech Sportscar Championship) começou da melhor forma para praticamente todos os pilotos portugueses, com o Cadillac #5 da Mustang Sampling Racing a terminar a prova, não só em primeiro lugar como batendo o recorde de 1992, com o maior número de voltas percorridas por prova, 808 face às 775 voltas do anterior recorde.
Ao volante do protótipo vencedor estavam dois excelentes pilotos portugueses, Filipe Albuquerque e João Barbosa, sendo este último um veterano nas provas norte-americanas com duas vitórias, em 2010 e 2014. Juntamente com os dois pilotos portugueses encontrava-se outro veterano, o brasileiro Christian Fittipaldi, vencedor também em 2014 e 2004, que contribuiu para um domínio de quase 18 horas da prova, que só não foi maior devido a alguns problemas encontrados ao longo da corrida.
Outro piloto português que surpreendeu tudo e todos foi António Félix da Costa, ao conquistar a quinta posição ao volante do Oreca LMP2 #78 da Jackie Chan DC Racing, naquela que foi a sua estreia em Daytona. Da Costa só não conseguiu melhor resultado devido a um Drive Through, quando atacava a quarta posição com Bruno Senna, que ia ao volante do Ligier LMP2 #32 da United Autosports.
Na categoria de GTLM, a superioridade dos Ford GT #67 e #66 não deu qualquer hipotese ao rivais Chevrolet Corvette C7.R #3 e #4, bem como ao Ferrari 488 GTE #62 e Porsche 911 RSR #912. Já na categoria GTD vários pilotos estiveram envolvidos numa luta espetacular pela liderança da categoria, com a vitória a cair para o Lamborghini Huracan #11 com Mirko Bortolotti ao volante, que terminou com uma volta de vantagem face ao Acura NSX GT3 #86 de Álvaro Parente.
Tal como Félix da Costa, as 24 Horas de Daytona foram também uma estreia para Álvaro Parente, que dividiu o NSX da Michael Shank Racing com os pilotos Katherine Legge, Trent Hindman e A.J. Allmendinger, tendo chegado a liderar a categoria GTD por diversas vezes. Quem não teve tanta sorte foi Pedro Lamy, que embora tenha iniciado a corrida com a Pole Position, na categoria GTD, viu o Ferrari 488 GT3 #51 da Spirit of Race desistir, ao embater contra o muro devido a um erro do companheiro Paul Dalla Lana.