O Hyundai Kauai tem sido a grande aposta do fabricante Sul Coreano para o mercado internacional, e em particular para o mercado europeu, por oferecer praticamente tudo aquilo que os consumidores europeis desejam, escolha e eficiência, sobre a forma de um crossover urbano com um estilo único, e todas as funcionalidades que já são consideradas como obrigatórias num automóvel moderno. Poderá conhecer as minhas primeiras impressões através do ensaio da versão de lançamento, equipada com o surpreendente 1.0 T-GDi de 120 cavalos (Hyundai Kauai 1.0 T-GDi – Mudanca de atitude)
Depois dessa versão a gasolina, a Hyundai decidiu lançar a versão 100% eléctrica com duas variantes, de 100 e 150 kW (136 e 204 cavalos de potência) e baterias com capacidades distintas, de 39 e 64 kWh, não sem antes lançar a versão diesel, equipada pelo já conhecido bloco 1.6 CRDi de quatro cilindros e 115 cavalos de potência. Foi esta a versão que a Hyundai sugeriu experimentarmos, permitindo desta forma comprovar se o diesel ainda tem razões para continuar a ser a versão mais desejada face ao surpreendente 1.0 T-GDi.
Visualmente não existe qualquer tipo de diferenças, mantendo-se presente o design original, que permite um elevado número de combinações entre as cores disponíveis para a carroçaria, para o tejadilho e pela oferta de jantes. A dianteira continua a ser o local onde o estilo do Kauai mais se diferencia, sendo esta composta pela enorme grelha em formato trapezoidal e pelo sistema óptico dianteiro dividido em vários elementos, como se estivessem em níveis distintos. Esta solução, embora visualmente original, acabou por se revelar como pouco eficaz em termos de luminosidade disponibilizada na iluminação da estrada à noite.
Se no exterior as diferenças eram inexistentes, no interior as diferenças face à versão 1.0 T-GDi testada anteriormente deve-se exclusivamente ao nível de equipamento opcional aqui instalado, que inclui elementos como o opcional pacote de pele e tecido com acabamentos em vermelho, como os cintos, os rebordos dos bancos, e a moldura de elementos como a alavanca da caixa de velocidades e as saídas de ar da climatização.
Estes elementos resultam num visual mais atraente, embora todo o habitáculo continue a ser dominado pela presença de plásticos rígidos. Felizmente a montagem dos mesmos está isenta de falhas, razão pelo qual não ter verificado a presença de qualquer ruído parasita, algo que esperava encontrar, tendo em conta as características da motorização aqui utilizada. Destaque para a presença do sistema de infoentretenimento que, embora na sua versão base só tenha um ecrã táctil de 7 polegadas e não inclua navegação, o facto de ser compatível com as plataformas Android Auto e Apple CarPlay acaba por colmatar essa falha, visto ambos oferecerem soluções significativamente mais eficientes, como o Waze, Google Maps e Apple Maps.
Como opcional, não presente nesta unidade, está o sistema de carregamento sem fios para smartphone, e hear-up display colorido. Passando para o elemento diferenciador, este Kauai conta com a já referida motorização 1.6 CRDi de 115 cavalos que, embora apresente um valor de potência inferior à motorização 1.0 T-GDi a gasolina, com os seus 120 cavalos, oferece uma maior disponibilidade, graças à elevada diferença em termos de binário, 275 Nm face aos parcos 172 Nm oferecidos pelo 1.0 T-GDi. Tirando este detalhe, que certamente faz a diferença em termos de recuperações, foram poucas as diferenças face aquele que deveria ser o elemento mais diferenciador, os consumos.
Embora os números oficiais apresentem uma melhoria dos 5.6 para 4.2 l/100 km para esta motorização diesel, na realidade a diferença não foi tão notória, o que acaba por anular a enorme diferença de preço existente entre as duas motorizações, que ronda os 5.300 euros (com o mesmo nível de equipamento). Se a esta diferença acrescentar a diferença em termos de custos de manutenção e no valor do IUC (inferior para a versão a gasolina), rapidamente se chega à conclusão que esta versão diesel poderá acabar por não ser assim tão apelativa face à atraente oferta disponibilizada pela versão equipada com a motorização 1.0 T-GDi.
Ficha Técnica
Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros | Velocidade Máxima | 183 km/h |
Capacidade | 1589 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 10,7 s |
Potência | 115 cv (4000 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 320 Nm (2000 rpm) | Cidade (anunciado) | – |
Transmissão | Estrada (anunciado) | – | |
Tracção | Dianteira | Média (anunciada) | 5,1 |
Caixa | Manual de 6 velocidades | Emissões Co2 | 132 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 4165 / 1550 / 1800 mm | Valor base | €25 916 |
Peso | 1435 Kg | Valor viatura testada | €27 906 |
Bagageira | 361 / 1143 litros | I.U.C. | €146.79 |
Notas Finais
Gostámos
- Visual
- Equipamento
- Boas recuperações
A rever
- Visual poderá não agradar a todos
- Diferença de preço
Conclusão
6.8O Hyundai Kauai continua a surpreender, embora esta versão diesel 1.6 CRDi acabe por não compensar face à excelente oferta proporcionada pela versão 1.0 T-GDi a gasolina, que tem a particularidade de ser, muito provavelmente, um dos SUV compactos com a melhor relação preço/equipamento do mercado. A isto temos ainda que juntar as habituais campanhas em vigor, bem como a impressionante oferta de 7 anos de garantia, assistência em viagem e check-up's anuais gratuitos, sem limite de quilómetros.