19 anos consecutivos de liderança no mercado nacional não é tarefa fácil, mas a Renault Portugal parece ter descoberto a fórmula, razão pelo qual já nem ficamos surpreendidos com o facto de em 2016 a Renault ter conseguido colocar três modelos entre os cinco modelos mais vendidos em Portugal, entre os quais a quarta geração do Renault Mégane.
Este resultado da gama Mégane, que lhe permitiu liderar o segmento C em 2016, tem particular destaque pelo facto de a gama ainda não ter estado totalmente disponível ao longo do ano, uma vez que faltava aquela que é a versão mais importante da gama, a Mégane Sport Tourer, que conta já com mais de 80 mil unidades vendidas desde o lançamento da primeira geração, e um peso que chegou aos 62% das vendas da gama.
Só por isto se explica a importância que o grupo Renault atribuiu ao feedback dado pelos concessionários nacionais aquando a sua concepção, razão pelo qual, nos bastidores, a nova Mégane Sport Tourer seja conhecida como a “carrinha portuguesa”, embora esta tenha sido desenvolvida ao mesmo tempo que a berlina, que já se encontra à venda desde o início de 2016.
Para a apresentação nacional deste importante modelo, a Renault preparou uma agradável surpresa para um grande grupo de jornalistas da especialidade, ao escolherem o Funchal e diversos locais apaixonantes e paradisíacos da Ilha da Madeira como pano de fundo para nos apresentar a nova Mégane Sport Tourer. Esta escolha permitiu testar não só o excelente comportamento dinâmico da carrinha nas estradas de montanha que ligaram Porto Moniz à Ribeira Brava, com paisagens deslumbrantes, como comprovar a eficiência das motorizações colocadas à disponibilidade, que nosso caso em concreto, foi a versão equipada com o conhecido 1.5 dCi de 110 cavalos a gasóleo.
Em termos estruturais, as diferenças face à berlina são mínimas, visto que ambos recorrem à plataforma CMF C/D da Aliança Renault Nissan, plataforma essa que está a ser usada igualmente pela Renault Espace e Talisman. Face à anterior geração, a nova carrinha é 45 mm mais comprida e 58 mm mais baixa, ao mesmo tempo que vê a distância entre eixos aumentada em 9 mm. A distância entre as vias, tanto à frente como atrás aumentaram significativamente (mais 45 mm e 39 mm, respectivamente), resultando num visual e comportamento mais desportivo.
O aumento total do comprimento, que face à berlina é de 270 mm, permitiu aumentar significativamente a capacidade da bagageira, que passa agora a dispor de 580 litros de capacidade, expansível para 1695 litros ao rebater os bancos traseiros, que dispõem de uma configuração 1/3 – 2/3. Existe ainda a possibilidade de rebater o banco do passageiro dianteiro, colocando-o na posição de mesa, permitindo assim transportar objectos com um comprimento máximo de 2,7 metros, um valor recorde no segmento C.
De resto poderá continuar a contar com a significativa melhoria na qualidade de construção e dos materiais usados face à anterior geração, tal como na berlina, bem como as mesmas soluções tecnológicas, como o sistema de iluminação Full LED (tecnologia LED Pure Vision), Head-Up Display colorido, painel de instrumentos digital de 7 polegadas personalizável e sistema de infoentretenimento R-LINK 2, que poderá ter um ecrã táctil de 8,7 polegadas com navegação 3D, informação de trânsito em tempo real e acesso à internet e Apps.
Em termos de equipamento, também a Mégane Sport Tourer contará, tal como a versão berlina, das versões Zen, Intens, GT Line, Bose Edition e GT, sendo espectável que a versão GT Line seja a mais procurada, pelo visual mais desportivo, através da aplicação dos para-choques desportivos, saída de escape cromada, difusor perfilado e jantes de 17 polegadas Dark Metal (ou 18 polegadas em opção). No interior, destaque para os bancos envolventes com apoios de cabeça integrados para esta versão GT Line, a mesma que testámos, que contava ainda com volante desportivo revestido em pele e habitáculo com elementos decorativos em azul nos frisos e pespontos, combinando na perfeição com a cor exterior exclusiva Azul Iron.
No campo das motorizações, estão presentes os conhecidos motores diesel Energy 1.5 dCi de 90 cavalos, 110 cavalos e 1.6 dCi de 130 cavalos, estando a versão de 110 disponível, como opção, com caixa automática de dupla embraiagem EDC de seis velocidades, em vez da caixa manual de seis velocidades de série com todas as motorizações. Mais tarde está prevista a chegada de uma versão Hybrid Assist, que contará com a presença de um gerador eléctrico e uma bateria de 48 volts, para recuperar energia nas fases de desaceleração, auxiliando assim o motor de combustão para uma redução real dos consumos e das emissões.
Para os adeptos da gasolina, como nós, está disponível uma versão TCe de 100 cavalos e uma versão TCe de 130 cavalos, ambas com caixa manual de seis velocidades, ou uma versão TCe de 130 cavalos com caixa EDC de dupla embraiagem de sete velocidades. Tal como na berlina, também a Sport Tourer recebe a versão GT, que contará com duas motorizações, o TCe de 205 cavalos a gasolina e dCi de 165 cavalos, que estreia a tecnologia Twin-Turbo da Renault, estando ambos associados com a caixa de dupla embraiagem EDC (6 velocidades para o diesel, 7 velocidades para a gasolina) e o sistema de quatro rodas direcionais 4Control.
Modelo | Combustível | Potência | Emissões CO2 (g/km) | Preço (desde) |
Energy TCe 100 | Gasolina | 100 cv | 120 | €22.400 |
Energy TCe 130 | Gasolina | 130 cv | 119 | €24.950 |
Energy TCe 130 EDC | Gasolina | 130 cv | 122 | €28.750 |
Energy dCi 90 | Diesel | 90 cv | 95 | €24.800 |
Energy dCi 110 | Diesel | 110 cv | 95 | €26.100 |
Energy dCi 110 Eco | Diesel | 110 cv | 90 | €26.500 |
Energy dCi 110 EDC | Diesel | 110 cv | 95 | €31.850 |
Energy dCi 130 | Diesel | 130 cv | 103 | €30.150 |
GT TCe 205 EDC | Gasolina | 205 cv | 134 | €33.250 |
GT dCi 165 EDC | Diesel | 165 cv | 124 | €36.300 |