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Embraier E190 da Air Astana aterra de emergência na Base Militar de Beja

Pouco depois de ter levantado em Alverca, o voo KZR 1388 declarou estado de emergência, devido a uma falha crítica nos sistemas de navegação e controlo de voo. Embora tenha pedido autorização para uma amaragem no Rio Tejo, o Embraier E190 da Air Astana acabou por aterrar em segurança à terceira tentativa, na Base Aérea de Beja.

Poucos minutos depois de ter descolado de Alverca, onde tinha estado em trabalhos de manutenção na OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, a tripulação do Embraer E190LR da companhia aérea Air Astana (do Cazaquistão) anunciou pelas 13h21 a existência de uma falha grave nos sistemas de navegação e controlo de voo, mais concretamente no sistema de estabilidade do eixo longitudinal (roll-axis), o que originou as trajectórias irregulares durante o tempo em que esteve no ar.

Depois do aviso, a tripulação requisitou uma amaragem no Rio Tejo, situação que não foi recomendada devido às condições meteorológicas em vigor na região de Lisboa, tendo sido encaminhado para o Aeroporto de Beja, onde as condições meteorológicas seriam mais adequadas a uma aterragem de emergência. Visto tratar-se de uma rota e uma base desconhecida pela tripulação, que não tinha os sistemas de navegação operacionais, foi fundamental a escolta de dois dos F-16 da Força Aérea Portuguesa.

Estas aeronaves, que estão 24h por dia prontas para actuar em qualquer situação de emergência, a partir da Base Aérea Monte Real, foram fundamentais para a aterragem em segurança do Embraer E190LR da Air Astana. Depois de duas tentativas sem sucesso, só à terceira tentativa é que o E190LR conseguiu aterrar em segurança. A bordo seguia uma tripulação com um total de seis pessoas, que tinha como destino devolver a aeronave a Minks, capital da Bielorrúsia.

Comandado por um elemento do Cazaquistão de 37 anos e um Britânico de 54 anos, ambos foram assistidos no Hospital José Joaquim Fernandes, tendo obtido alta ainda durante o dia de ontem, depois de terem recuperado da situação de stress sofrido. Entretanto a aeronave está estacionada na Base Aérea de Beja (BA11), onde será inspeccionada pela GPIAAF (Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários) para determinar a origem do incidente, bem como a devida reparação para que possa prosseguir viagem até ao destino originalmente programado.