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Lufthansa vai reactivar Airbus A380 para o Verão de 2023

Existem poucas companhias aéreas que tenham sabido gerir tão bem a crise da pandemia quanto a Qatar Airways, tendo sido das poucas a apresentarem lucros recorde logo após o levantamento de restrições aplicadas durante a pandemia. A gigante Lufthansa uma das companhias que ainda está a tentar recuperar, mas a situação está mais complicada do que aparentavam…

Segundo a própria companhia aérea, a procura por voos com ligação nos Hubs de Frankfurt e Munique está a ser muito superior à oferta, mas devido a limitações ainda existentes em termos de falta de pessoal, tanto de terra como de voo, bem como a greves marcadas à última da hora, levaram a que fossem cancelados mais de três mil voos agendados para os meses de Verão.

Isto irá limitar significativamente as possíveis receitas que os responsáveis do Grupo Lufthansa gostariam de recuperar com o primeiro Verão sem restrições provocadas pela pandemia. Como tal, a Lufthansa está já a dar o ano de 2022 como perdido, e a programar tudo para a próxima época alta, o Verão de 2023, sendo a grande surpresa, o anúncio do regresso do gigante Airbus A380.

A Lufthansa tem, no total, 14 Airbus A380 parados em aeroportos em Espanha e França, e embora tenha anunciado em 2020 que não voltaria a usar estas aeronaves, devido aos custos associados às mesmas, a elevada procura de destinos de longo curso, e ao atraso na entrega das novas aeronaves, levaram a Lufthansa a reactivar alguns dos seus A380.

Não se sabe ainda ao certo quantas aeronaves serão reactivadas, nem quais as rotas para as quais serão atribuídas, mas segundo responsáveis da marca, seis das aeronaves já estão vendidas, restando oito, que poderão rapidamente voltar a voar com as cores da Lufthansa.

Igualmente relevante é a chegada do seu primeiro Boeing 787-9 Dreamliner, o primeiro de 32 aeronaves encomendadas, que deverá chegar ao Hub de Frankfurt assim que a Boeing voltar a recuperar a licença de aeronavegabilidade da FAA (Federal Aviation Administration), fruto de uma investigação causada pelo acumular de falhas nos controlos de qualidade durante o fabrico destas aeronaves.

De seu nome Berlim, esta nova aeronave será essencial para iniciar o processo de substituição dos velhinhos Airbus A340-300, já que os novos Dreamliner consomem apenas 2.5 litros de combustível por passageiro, por cada 100 km percorridos, o que corresponde a uma redução de 25% do consumo de combustível e de emissões de CO2. Dispõem também de uma cabine mais moderna, e significativamente mais silenciosa.