Com o regresso do sol e algum calor, nada melhor do que voltar a abrir as capotas e andar com os cabelos ao vento… pelo menos os que ainda restam. E se, para tal, associarmos um chassis extremamente preciso e um motor que nos permita explorar as capacidades desse mesmo chassis? Já encontrei a escolha ideal, o Mazda MX-5 SKYACTIV-G 2.0.
Não há muito mais que eu possa dizer, que não tenha já dito sobre o novo Mazda MX-5, uma vez que este voltou a usar a “receita vencedora” que originou aquele que é o roadster de maior sucesso a nível internacional. Produzido em Hiroshima, senhor de uma condução extremamente precisa, uma qualidade de construção à japonesa (muito rigorosa) e motorizações a gasolina que conseguem ser, ao mesmo tempo, entusiasmante como altamente eficientes. A média em torno dos 5 e 6 litros por cada 100 km registados com o ensaio da versão SKYACTIG-G 1.5 comprovou isso mesmo.
Chegou a vez agora de experimentar a versão 2.0, um motor mais possante, capaz de debitar não só uma maior potência como maior binário que o motor “mais pequeno”. O resultado é uma experiência ainda mais envolvente, e embora 160 cavalos continuem a não parecer muito, a realidade é que o baixo peso do conjunto garante uma agilidade fora do vulgar. A diferença de potência permitiu ainda retirar um segundo no tempo de aceleração dos 0-100 km/h, mas acredite que ao volante essa diferença parece maior, não por desmérito do brilhante bloco de 1.5 litros, mas sim por mérito deste bloco de 2.0 litros.
Com esta motorização e tracção traseira, uma excepcional caixa manual de seis velocidades e um chassis que prima por ser leve e ágil, nada melhor do que procurar estradas de montanha, como a Serra de Sintra ou da Arrábida, e desfrutar desta combinação apaixonante. Convém relembrar que a Mazda optou por equipar esta motorização com uma suspensão mais rígida (desenvolvida pela Bilstein), portanto esta versão não gosta assim tanto de estradas com mau piso, como a versão com o 1.5.
Se a esta situação juntarmos o facto do modelo do parque de imprensa vir equipado com os bancos desportivos Recaro, que embora tenham um visual deslumbrante e garantam um apoio impressionante para o corpo, a realidade é que acabam por ser mais desconfortáveis que os bancos tradicionais. Já em termos de consumos, o resultado também não é tão favorável para esta versão 2.0, embora parte da culpa seja devido ao entusiasmo exagerado do condutor em questão (eu), uma vez que procurei sempre estradas sinuosas para explorar melhor o comportamento deste MX-5.
Ficha Técnica
Motor | Prestações | ||
Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 214 km/h |
Capacidade | 1998 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 7,3 s |
Potência | 160 cv (6000 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
Binário | 200 Nm (4600 rpm) | Cidade (anunciado) | 8,7 |
Transmissão | Estrada (anunciado) | 5,4 | |
Tracção | Traseira | Média (anunciada) | 6,6 |
Caixa | Manual de seis velocidades | Emissões Co2 | 154 g/km |
Chassis | Preço | ||
Dimensões (Comp. / Alt. / Larg.) | 3915 / 1230 / 1735 mm | Valor base | €38 847 |
Peso | 1137 Kg | Valor viatura testada | €41 837 |
Bagageira | 150 litros | I.U.C. | €232.35 |