Embora ainda na linha de montagem na fábrica da Boeing, em Everett, a Emirates revelou imagens do primeiro Boeing 777X com as cores da bandeira dos Emirados Árabes Unidos na ponta das suas asas. Com um total de 150 aeronaves encomendadas, 35 para a variante 777-8 115 para a variante 777-9, num negócio superior a 76 mil milhões de dólares (67.7 mil milhões de euros), estas serão, em conjunto com os 40 A330-900neo e 30 A350-900 encomendados à Airbus, fundamentais para substituir a actual frota de 158 Boeing 777, composta por 10 aeronaves 777-200LR e 134 777-300ER.
Face a estes modelos, os novos Boeing 777X permitirão transportar um maior número de passageiros, cerca de 384 passageiros no caso do 777-8 com uma configuração de duas classes, e entre 349 a 414 passageiros no caso do 777-9, caso optem pela configuração de cabine com três ou duas classes. Será igualmente possível garantir um maior alcance e um menor consumo de combustível, graças à utilização dos novos reactores General Electrics GE9X de última geração. Isto tudo combinado permitirá à Emirates efectuar uma poupança de 10% no consumo de combustível, e 10% nos custos operacionais totais por aeronave.
Com um comprimento máximo de 76.7 metros, na versão 777-9, esta variante consegue assim ultrapassar o comprimento do Boeing 747-800, tornando-se assim na maior aeronave produzida pela Boeing, no maior bi-reactor do mundo, e na segunda maior aeronave do mercad, ficando apenas atrás do Antonov AN-225 Mriya com os seus 84 metros. Com 71.8 metros de envergadura, as asas do novo Boeing 777X têm a particularidade de usar uma ponta dobrável com 3.5 m, que permite assim recolher as pontas das asas de forma a garantir a sua compatibilidade nos aeroportos com os actuais modelos 777 em circulação.
Até ao momento, a Boeing tem duas aeronaves montadas e já em fases de testes, com as matrículas N779XW e N779XY, mas as mesmas ainda não podem voar, visto terem sido detectadas várias falhas no compressor de alta pressão de 11 estágios durante a instalação dos reactores GE9X em Maio passado. Esta situação levou a que o voo inagural só ocorra no início do próximo ano, o que implicará que as primeiras unidades encomendadas pela Emirates só possam chegar ao Dubai em Janeiro de 2021. Esta situação poderá estar a criar algum mau estar junto dos responsáveis da Emirates, com o seu CEO, Sir Tim Clark, a anunciar ao jornal Seattle Times que terão sugerido à Boeing a substituição de alguns Boeing 777X encomendados por unidades Boeing 787-9 para não atrasar, ainda mais, a substituição da actual frota por aeronaves mais eficientes.
