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Volkswagen acusada de falsificar valores de emissões em motores diesel

Volkswagen

O Grupo Volkswagen foi acusado de usar um software que activa um modo de testes que reduz as emissões de Óxido de Azoto (NOx) sempre que a centralina (ECU) determinar que o veículo está a ser testado em laboratório. Esta situação foi registada por um grupo de entusiastas que requisitou à Universidade de West Virginia para investigarem as disparidades nas emissões entre um VW Jetta de 2012 e um VW Passat de 2013, tendo alertado de seguida as autoridades em vigor, a EPA (US Environmental Protection Agency) e CARB (California Air Resources Board).

Após confirmação da situação, onde foram registados que os valores de emissões NOx são 40 vezes superiores ao permitido por lei, as entidades Norte Americanas emitiram um comunicado que obriga o grupo Volkswagen a resolver o problema, que afecta um total de 482 mil viaturas fabricadas entre 2009 e 2015, que utilizem a motorização EA189, ou seja, um 2.0 TDI de quatro cilindros diesel da geração Euro5. Este motor foi utilizado, nos EUA, em modelos como o VW Golf, Beetle, Jetta, Passat e Audi A3, porém em termos globais esta motorização foi utilizada em mais de 11 milhões de viaturas, segundo comunicado da própria Volkswagen.

Além da obrigatória resolução do problema, a Volkswagen arrisca-se a ter que pagar uma multa que pode chegar aos 18 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros), um valor que corresponde a cerca de 30 mil euros por cada automóvel vendido equipado com esta motorização. Além do prejuízo de imagem, no valor das multas e os custos da rectificação do problema, a Volkswagen está a atravessar um período complicado devido à colossal queda em bolsa no valor das suas acções, que já atingiu os 33,79% nos últimos dois dias.